domingo, 9 de dezembro de 2012

A ideologia morreu...

... No coração daquele em qual ela nunca...
Nunca, realmente viveu.

Morreu...
Naqueles em que era apenas sede juvevil...

Naqueles que já deixaram de ser icendiários e já viraram bombeiros...

Naqueles que já se omitiram, se corromperam, e que cansados não vão mais a guerra...

A guerra, que mesmo que difícil, cansativa, e por vezes inútil, ainda que a custa de muito ainda produz frutos raros...

Raros como a beleza de um sono tranquilo...
De uma paz de espírito...
Que só o soldado da paz conhece e tem intimidade...
Mesmo em tempos de guerra.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

... por Manduca ...

Foto: "Sherlokiando..."
Fotógrafo: Armando Coelho Neto
Set/2012

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O sabonete...

Hoje, viajarei...

Serão 36 horas rumo ao norte...

Eu e a arara vermelha, com o vento ao rosto, ladeado por sonhos em suspenso. Adiados pela vontade de fugir... E pelo simples prazer de poder voltar..

Ao preparar a bagagem, levo um sabonete, o sabonete que ganhei de uma puta triste que ainda chora o adeus de sua amada...

E choro...
Choro de saudade... Mas não apenas daquela puta triste, mas dos sorrisos, tragos, alegria e prazerer etérios e etílicos desfrutado juntos... Dos amigos...

Boemia...
Daquele tempo me resta apenas as noites e a saudade.

Decolo... Abro os braços... O vento no rosto e apenas o horizonte como limite irreal de uma vida sem limites.

A beleza do amor...


Alguns delegam ao amor a arte de cuidar...
como planta a germinar...
com carinho e atenção...
água,
luz,
chuva,
sol,
verão...

De rimas pobres,
afirmo ciente,
loucamente, entediado e sabido de vida,
que o engano faz parte dessa afirmação.

A essência do amor, e o seu delegar,
estar em reconquistar,
dia após dia, quem estamos a desejar,
seja com verso,
prosa,
música ou poesia,
até mesmo, ceder um pouco, para quem devemos ou desejamos ficar...

O amor, sua função-mor, reside no conflitos,
pois sem conflitos e provas o amor não há de se solidificar...
será sempre cimento fresco,
demão recém pintada,
e há de manchar,
magoar,
entediar,
e quem sabe disso, desta semente,
até mesmo uma inimizade pode brotar.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Bartolomeu Bueno Prado


Estava eu,
um negro de vinte e sete anos,
vividos aos pés do arado, e com o arado nas mãos,
a dormir em casa de senhorio...

Lili, como era chamada a sinha-moça,
deslumbrante virgem de quatorze anos, ainda velava a morte do coronel,
triste vítima de um tiro acidental de seu capitão-do-mato.

Desfilava na casa-grande, de camizola apenas...

E eu a vigiar a segurança dela e da sinhá...

Era noite quando no quarto,
a dormir, em seu branco leito...

A acordei...

Descuidado, ao pisar no assoalho de madeira, já velho e mofado por falta de manutenção...

Assustada não piou, ou teve qualquer reação quando sentei a seu lado,
de olhos ternos, parecia não me temer, algo raro naquela região...

Toquei seu rosto e deslizei minha mão por entre seus seios, que mais pareciam duas uvas ainda verdes e duras... sem qualquer receio, arrisquei um pouco mais... pus minhas mãos em suas desnudas pernas em direção ao que me parecia inatingível...

ela me olhando com carinho, nenhuma reação esbossou...

a violei...
a fiz sangrar...

ela não gemeu...

arriscou um grito de dor que foi impedido por minha mão negra e rude em sua boca...

depois de um tempo já havendo satifeita minha vontade esperei que voltasse a dormir em meio a rubra cor da mancha em seu lençol.

A visitei muitas vezes e por muitos anos...
Até que um dia ela me foi levada por um doutor da capital...

mesmo assim,

nunca me arrependi de ter dado cabo do coronel.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Cavaleiro Andante

Agora, meu doce menino, / Que um raro amor hoje ensina, / Que com seu fraterno hino / Tenta mudas nossa sina...

Armando Coelho Neto
Autor

Antonio Moraes Filho
Padrinho

Rebento Pagão

Para Cavalaria da Cachaça Mistica:

... muitas vezes mais importante que a atitude é a maneira de agir...
Mesmo que que isso implique em nada fazer...

Aquiescer...
Repousar em berço
esplêndido...
Esplêndido!

Cochilar a mágoa,
saudade,
tristeza ou desespero...

ansiedade.

Lutar contra moinhos de vento exige muito do Cavaleiro, do exército de um homem só,
Do silêncio da noite...

Das amarguras e mágoas, só guardo alegrias...
Pois em nenhuma chance...
Elas foram em vão.

Agora cansei... Favor... Batizem o rebentos, pois as linhas ainda choram por acabarem de nascer.

Antonio Moraes Filho
Autor

Armando Coelho Neto
Padrinho

Reaconteço!?

Vim te comigo solitário / Noite fria, lua oculta, viés dominical / imerso em meu santuário / Me reaconteço em Blumenau / O que se me ocorre não é o que me recorre / Se minha bagagem sou eu / Nessa dor que se reveza / Do que me arfar nesse breu / Se o que me apraz só me, e só, me...

só me pesa?

Armando Coelho Neto
Autor

Antonio Moraes Filho
Padrinho

Minha borboleta, os lírios e o sonho...

Vivi...
a dimensão de saudade, minha loucura...
Sem adjetivos...

... foi estranho o crocante floco de cinzas que virou pó e me deixo perfume nas mãos.

Eles perfumam? Que importa!?
Há um simbólico nisso como, como se Deus não existisse e quizesse me dar a prova.

Foi surto?

Seria sonho, sonhamos juntos...

E continuo a te amar

...

Armando Coelho Neto (Tio Manduca)
Autor

Antonio Moraes Filho
Padrinho do Rebento

terça-feira, 20 de novembro de 2012

A borboleta...

Observo da janela uma borboleta...
Ela voa como voas agora...
Livre, longe do que um dia foi o teu cárcere...
Alegre por poder desfrutar da liberdade inerente a teu espírito...
Pousa sobre os lírios que hoje se alimentam daquilo que um dia foi parte de ti...
Em sonho me demonstra como estas alegre, e tua feiçao jovial me lembra mais uma vez a borboleta que vi voar através da janela...

sábado, 13 de outubro de 2012

Tânia... (Copos de leite... )




Acordo...
Acordado meu corpo pede um trago...
A bela jaz agora no vaso...
Junto a violetas na janela...
Copos de leite lhe fazem companhia...
E agora respiram...
E se alimentam dela...
A rainha não perde a majestade...
A flor...
Se alimenta dela...
Respira por ela...
As flores, agora ela...
Que sempre foi flor aos olhos de quem hoje a vela...
A bela, a flor, o vaso e a era.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Medo...






Medo de ter medo de temer você...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Terceira vez...


Acordei pela terceira vez esta noite...
como ritual,
um café, três cigarros.
Como companhia a escuridão, dissolvida apenas pela luz da brasa em cada trago.

Vida!?


Minha cabeça dói...
Meus ossos queimam como napalm...

Minha garganta aperta como que estrangulada,
Meus calos castigam meus pés cansados,

No entanto, meus pés ainda calças tuas sandálias,
Meu coração ainda bate por ti,

Só não como,
durmo,
penso,
ando,
ou vivo.

O julgo...


Já vivi desventuras em série,
a maior parte delas, por minha culpa, minha máxima culpa.

Mas os santos hão de me fazer justiça,
vingarão o teu julgo.

Indolente, equivocado...
Vingarão tua falta de compaixão...
teu rancor...
tua incapacidade de perdoar...

Pois muito errei,
mas não desta vez,
e mesmo assim,
me castigasse.

Prefiro o inferno...


Meus olhos ardem... a poeira, o vento e o frio de teu desprezo me fazem desejar o calor do inferno,

a realidade fria de minha melancolia e o desespero do grito de solidão de meu coração leviano me fazem ter gosto pelo sangue que corre em minhas veias...

e me fazem desistir do pulsar de meu peito em favor da paz que traz o epitáfio.

desistir do amor que sinto por ti e afirmei ser sempre meu... eterno... chama... infinito...

desistir da vida,
por susto, bala ou vício...

seja romantica como shakspeare,

ou maquiavélica como Goethe.
No concreto do térreo do edifício em que um dia morei e do qual sinto saudades,
ou no asfalto quente de um dia de sol a 200km/h...

Pobre diabo é o que sou...


Queria um dia... te dizer o que realmente sinto...
queria mais... queria que você acreditasse como acreditou na primeira vez que te vi...

Queria a paixão que sentias por mim...
Quero o amor que sentes por mim...

Quero que expresses a vontade que sente de me beijar,
misturada com a vontade que sinto por dormir,
dormir ao teu lado e sonhar contigo...
pois em sonho somos perfeitos, eu você e nosso amor.

Terei coragem  um dia de mostrar quem sou,
mas quanto mais me conheço, mais medo tenho de te revelar meu carater,
minha persona,
pois ao espelho de tua alma, sou "mais-que-imperefeito", sou vilão, sou bandido, sou demônio...

                            ... diabo pobre é o que sou.

Vai!

Seu telefone não da linha!?
A qualidade de sua chamada não é mais a mesma?

Faça como eu...




Joga essa droga de aparelho no lixo e vá falar pessoalmente com a pessoa que ama!
Não há distância que não possa ser vencida por pés dispostos...
sem saudade que não possa ser morta pela bala da disposição...
tampouco mágoa que não possa ser curada por uma boa dose de carinho...

Vai!

                                e ama!

Me restam poucos cigarros...

Meus amores me abandonam... por ter nascido torto,

por continuar torto,

sem jeito,
sem fé na mudança qu nunca vem,
sem coragem ou respeito pela necessidade de mudar,
sem vida,
sem vontade,

vazio,
triste,
sozinho,

só me resta a companhia de meus fantasmas e dos poucos cigarros...
que com sua névoa enebriam a dor pelas cicatrizes de uma vida de paixões.

Uma bala por caridade...

Não há santo-homem que me ajude...
a fazer uma eutanásia...
nem por caridade...
nem por compaixão...
nem por destino, que dê uma solução...
nisto que tenho e que chamam de vida.

Cantam ser bonita...
mas de tanta dor já desisti...
de ser feliz...
de ser comum...
de ser alguém se se satisfaz com o pouco que é a miséria humana.

Exu-Tapioca...




Exu por filiação...
Ogum por criação...
Oxalá por opção...
Obaluaiê por formação...
Homem por compaixão...
E Tapioca por alcunha...

Coragem...

... me atormenta a falta dela...
não por ser covarde...
não é verdade também que não seja,
mas pelo simples fato de não usufruir de toda coragem que tenho...
mataria,
roubaria,
da mesma forma e com a mesma traquilidade, que tenho,
para salvar ou doar...
seja por compaixão ou ódio,
alegria ou tristeza,
vontade ou medo...
por muito não uso o que tenho e anseio pelo que não posso tocar...

mas o que mão me dói...
é que um dia não poderei estar mais ao teu lado...

e me falta coragem pra dizer Adeus.

Fumar...

Sinto satisfação em fumar...
pois sei que tal qual suicida...
morro um pouco mais a cada cigarro..
sinto a liberdade...
de deixar para trás um pouco mais da dor da existência.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Apenas poeta...





Tal qual mulher que rompe resguardo...
adentrei o boteco mais uma vez após uma longa viagem...
por mundo nunca antes vistos...
por mares não navegados pelos reles mortais...
pelos comuns...
que se contentam com o corriqueiro...
e que nunca buscam nada além...
meus dedos perderam novamente o controle e datilografo meus sentimento..
exprimindo minhas experiencia, e expremendo tanto as lágrimas quanto os sorrisos que vivi...
perdi muita vida...
deixei amores para trás...
quem sabe amores que hão de retornar a minha vida um dia...
um dia quem sabe...
pois a esperança de um dia sermos um ainda não morreu dentro de mim.
Se leres esta mensagem me encanta que respondas...
O tempo de jejum passou e me banqueteio com a sopa de letras que está diante de mim...
quem dera soubesse ler...
quem dera soubesse sentir...
não aprendi...
pois sou apenas...
poeta.

Zurumbático...

Me escreves em uma carta singela...
"Tu me amas?"
Te respondo de pronto...
afinal foram apenas 2 semanas para carta chegar em tuas belas e sedosas mãos...
"Mutcho!"
Duas semanas após a indagação:
"Então vem me ver."
E o mar de cidades... horas... imprevistos... agendas... compromissos e tudo aquilo que faz a vida passar despercebida me deixa descontente... triste... aflito... choroso... xibungo... zurumbático... e minha vida de atropelos e realizações vãs... perde o sentido pois o que mais queria era estar ao teu lado...
minha mais bela puta.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Teus pés...

Meus pés ainda são aquecidos,
pelas sandálias que esqueceste antes de ir embora,
tuas sandálias...

guardaram o calor dos teus pés,
e hoje aquecem algo além dos meus pés...
o meu coração...
sentimentos e aliviam minha solidão.

Solidão e tristeza,
pois o canto da cama que deixaste,
ainda guarda o calor de teu seio,
de tua pele,
branco como a neve,
de tuas curvas,
sinuosas como as da estrada pra santos,
de teu beijo,
ardente e farto como tuas tetas...
há... divinas tetas...
macias como tua pele, carne e ternura.


Joga sobre mim, teu leito bom...
e o leite ruim sobre os caretas...

mas na noite de hoje...
so me fazem companhia...
o frio, a chuva, e tuas sadálias.

Morremos nós...

Me olhas com lagrimas nos olhos...me respondes a pergunta de maneira a cravar em meu peito...
que rubro de sangue sente a gelo de tua sentença:
- Você não merece nada do que sinto por você!

Atordoado...
pergunto se meus pecados me condenam a ponto de:
réu confesso que sou,
não possuir defesa alguma,
misericordia,
ou compaixão,
daqueles que dizem me amar.

Me entrego,
E tento te lembrar que um dia te fiz rir...
uma piada sem jeito...
Te vejo declinar meu seduzir...
não esboças sorriso...
és apenas as lagrimas com as quais regaste nosso amor nos últimos meses...

mas vais ao longe e me crucifica:
- Antes de me fazer rir,
tente não me fazer chorar.

Morre eu,
morre você,
e o amor que sentiamos um pelo outro.

Morremos nós...

terça-feira, 5 de junho de 2012

A tormenta dos seus olhos...

Me perguntas se trocamos,
ou em uma transação,
pra'tica de escambo,
escandalizado por nossa necessidade de estarmos juntos:

trocamos o peso de um quilo de ferro,
por um quilo de algodão,
e por troco recebemos como troco cada um,
o papel do Adeus!?

Não sei,
e prefiro não saber...
pois de ti so' guardarei o algodão,
independente de ser um quilo ou não,
me resta engolir as la'grimas para não molhar o algodão...

Pois um quilo de algodão,
se ensopado,
pela tormenta de teus olhos,
e pelo rio de la'grima e sangue,
que jorram do meu coração bandido,
tornar-se-ão mais pesados que uma tonelada de ferro, aço ou ouro...

e o unico ouro que hei de guardar,
e' do tesou que você e'...

e não ha' de pesar as costas,
pois te levarei para sempre no meu coração, mente e espirito.



segunda-feira, 4 de junho de 2012

Tuas sanda'lias em meus pe's...

Tuas sanda'lias aquecem meus pe's tortos,
meu pe' quebrado,
e aliviam minhas angu'stias,
medos e preocupações.

Me trazem mais que isso,
me lembram o quanto me amas,
o quanto teu amor permite que me aqueça em teu seio.

Esqueço o cansaço e os medos,
te conto segredos e vivo com um pouco mais de paz,
por saber que algue'm carrega comigo minhas confissões.

domingo, 3 de junho de 2012

Exi'lio

Distante de tudo,
hei de encontrar aquilo que procuro,
o caminho de volta a ti.

A certeza que me sagra cavaleiro de tua verdade,
da verdade que vivemos juntos,
que apaixonados que somos,
sentimos paz.

O exi'lio ha' de como um rio,
banhar nossas emoções em o'leo,
e em amor,
seremos um.

E em face do encanto,
saberemos o valor do reencontro,
e nos amaremos mais,
e te deixarei me amar,
e me entregarei por completo,
sem delongas,
sem agu'stias ou du'vidas,
nos braços de quem um dia me fez dormir.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Quando me negaste um abraço...


Eu tou tão carente
tao complicado tao indeciso
não sei se vou
não sei se fico
a vida é demais pra viver sozinho


Tu tão carente
um sentimento que sempre existiu
mesmo rodeado de gente
das mais belas, das mais especiais
que me amam, me querem, isso não satisfaz


Eu sou carente
um sentimento sempre me acompanhou
até mesmo bem acompanhado
não sei de que lado, de que lado estou


Eu vou carente
eu quero tanto te ver comigo
mas acontece que não da mais
cada qual o que faz
cada um pro seu lado
é assim que se vai


Sigo carente
preciso de um abraço apertado
seja de pai, de mãe ou de filho
irmão ou amigo, tanto faz o que vai...


Fiquei carente
preciso tanto de você do meu lado
eu quero senteir seu abraço
seu prato, seu laço, seu braço, sua cama, na minha


E mais carente
me abraça pra ver se passa
essa coisa que não volta
nem leva nem trás
nada à lugar nenhum


Na minha mente
esperando uma resposta que não
talvez o destino me de a mão
e sigo em frente sem pensar em olhar para trás
neste momento eu so quero te paz


Na minha mente
nossa relação não segue em frente
dei um pornto final na história da gente
não quero voltar
o melhor é seguir em frente
eu não sou pra você
quem sabe outro alguém
te faça feliz novamente

Mais uma tarde na livraria...





"Pitulito" (30-05-12)
Final
Antonio Moraes Filho














"Pitulitos" (26-01-2012)
Oiginais
Antonio Moraes Filho





A rosa, o chocolate e doces palavras...


Me entra um homem,
maltrapilho,
sujo,
xeirava mal,
cabelos por cortar, e barba de mendigo.

Tenha um chape'u de massa,
velho como o dono,
este que ja' beirava os sessenta.

Senti o fe'u de seu gosto antes mesmo de beija-lo,
o que me fez sentir nausea.

Acostumada, com os diveros,
tipos que adentravam a privacidade de meu camarim,
lembrei de minha capacidade de me abstrair,
de minha cortês, venal e vil realidade,
ao amar como vênus, tais personagens.

Seu membro tinha um odor repugnante,
e gosto que faria a opção de lamber a de um cavalo,
muito mais atraente.

Sua pele desbotada,
com pelos,
com alguma cicatrizes e hematomas, me chamaram a atenção.

Sua barriga saliente apesar de seu corpo magro,
denunciava os males que seus ha'bitos he'brios e cevados,
compatillhavam com aquele ha'lito nojeno.

Seus poucos dentes, podres, sujos, encerravem a conta que teria de pagar em recompensa diante do metal que me apresentou.

Entrei em outra dimensão, e não recordo mais o que aconteceu,

so' acordei de meu sonho,
quando tal desejo, encontou a porta, quando ja' raiava o dia.

Ao lado de minha cabeceira,
uma rosa,
um bombom, quase tão doces como o de uma carta que tambem ali' fora deixada.

Hoje espero o dia em que a,
        esperança que cresce,
Ao perceber, que talvez, quele sim fosse homem, a me resgatar dessa sina,
seria, o um dia sonhei para mim.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Memo'ria minhas para uma puta triste...

Perdido na escuridão da noite,
e triste por não estar em teus braços,
clareio as ide'ias com a brasa do cigarro,
ainda aceso pelo calor de teu corpo,
que por muito,
desejou o meu de tão terno para contigo.

Entre um trago,
e outros tragos no vinho que deixaste aqui,
da u'ltima festa de momo em que teu sorriso,
foi meu,
tua paixão,
expressa em teu colo,
teus seio,
que me fez adormecer contigo,
na esperança de que aquela temporada fosse a u'ltima.

Pois queria eu,
que aquela fosse a u'ltima temporada,
pois sabia o Galo,
que quando cantasse,
averias de ter ido,
apenas me restaria saudade.

 Eu,
tal qual o Galo,
canta triste,
pois não sabe o quanto de no's,
repousa em teu sono,
quanto de no's,
tens em teu ventre,
quanto de no's,
lembras ao se entregar a morfeu.

Apenas me resta,
as noites mal dormidas,
a espera de teu afago,
pois a so' as lagrimas que derramo pela minha amada,
sabem e sentem o quanto me faz falta,
o beijo que me negaste na despedida.

Esperarei o Galo cantar,
alegre,
como de tantas vezes me fizeste gozar,
junto a confetes,
e colombinas mil, das quais se vestisse para mim.

Para minha amada,
que a tantos se entrega,
mas que ao menos em outros carnavais,
sei que um dia ja' foi somente minha.

Leva minhas vestes de "pierrô" ,
leva meu sorriso,
pois deles nunca hei de me vestir,
novamente,
ate' que um dia te entregues so' para mim.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Meu cafe'...

... por que me abandonaste,
o amigo que tanto te leu em palavras...
nos versos que me, te e nos escreveste...
... por que abandonaste as traças,
os arrecifes que tanto protegeram os sonhos,
tanto amaram-te como filho,
tanto te cercaram as fronteiras para com o mar revolto,
das dores dos gentios,
nunca te afundando o barco que te leva,
conforme o sofro da alegria e contentamento que buscamos em cada esperança...
em cada vida,
em cada la'grima, tecida por silêncio, na teia do destino,
daqueles sem fe'...
por que esquecestes as pontes que te uniram,
a mim,
e a todos os irmão que te amaram,
como eu,
como teu pai,
como tua amada terra,
da qual não te sentes mais tua autoctoneidade,
apenas do desprezo do bezerro desmamado,
que volta as terras altas,
de uma central distante...
seca...
e fria nos meses de inverno...
por que me negas a palavra,
que tanto me conforta,
que me acariciava antes de dormir,
que me beijava os la'bios e fazia mais doce o sono depois de um cafe'...
que agora,
vi'tima da distância de teu desprezo para com teus filho,
para com os fidalgos de tuas profecias e linhas...
tentam proferir,
versos que so' saem sem cor,
pois desconhecem o sabor do açucar do poeta da vida que a tanto foi embora,
e não sinal de vida.

P.S.: Sobre o " 'poeteiro' da Vida " que o irmão, caçula no verbo, profere insulto, revoltado pois ele foi e não mais voltou... saudade...

Escrevo, triste, ao som de canela-leite-mel... defumando minhas la'grimas... de saudade, pois estou o'rfão do poeta da vida... e contente pela esperança da volta de quem um dia foi... e me prometeu voltar...

...sobre http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CCEQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.meucafe.blogspot.com%2F&ei=NLOgT5rwIpKE8QSFus2BCA&usg=AFQjCNFxuiCfdo6vJtrCDs2EemcSAxBbaQ ...

http://www.meucafe.blogspot.com.br/

poeta, me'dico, jornalista, marido, e filho do Deus vivo, que repousa nesse homem o amanhã mais feliz...

Sobre... http://antoniomoraesfilho.blogspot.com.br/2012/03/tomarei-de-conta.html

Sobre... o gigante...

"Uma dicotomia de qualidades e defeitos...mistura de vontades democráticas e muitas vezes sem nexo". Eis o fiel retrato de nossa contradição, caríssimo poeta. Constradições em sentido amplo e com derivações, já que ao mesmo tempo em que robustece o gigante de um lado, o enfraquece de outro, pois entre os democratas sobrevivem os exploradores e os tiranos! 


Armando Coelho Neto


Visitei como gato (cheio de arrepio, vadio, no cio como cavalo arredio) o boteco Santo Antônio, onde fui servido não a la carte. Afinal, um amplo auto-serviço me foi colocado à disposição, provei bastante coisa, embora tenha degustado com prazer a novidade do dia, O depertar de um gigante. Lobo que sou, devorei outras iguarias como a flor do brejo, ao tempo em que viajei numa madrugada solitária, sombria, triste, molhada, nublada, até chegar a um dia nirvânico.
O BSA tem dessas coisas.Tem apelos de fé, jogo das 16 palavras, mesmo que relute, mesmo que desperte. Afinal, mais que amar, o melhor do fim do dia é dormir. Dormir depois do amor, claro, o sono com gosto de paz e ausência, preparador para o retorno à vida, ou quem sabe ao recanto sagrado do Santo...

Quanta brasilidade, Gigante!

Beijo-te, timidamente, a testa.


... do Manduca...


sobre: http://antoniomoraesfilho.blogspot.com.br/2011/08/o-despertar-de-um-gigante.html

... mais uma do Manduca...

Culpa por que jovem poeta? Do que pode se culpar um homem que se abriu para o mundo, quebrou amarras, criou todas fendas por onde o amor possa entrar? Culpa por que, ó poeta, se aberto ao amor, junto com ele vem a liberdade e o poder de transcender? Culpa por que, ó poeta, se a cada gesto de amor te aproximas tanto de Deus?


... do Tio Manduco...

POR UMA PEINHA DE NADA

Foi um dia de quase. Quase nos vimos, quase nos miramos, quase nos tocamos. Ficamos no quase e quase sempre quando isso acontece, não vai além do quase. Eis pois, que por conta disso, quase nos falamos e quase nos ouvimos um ao outro. Quase que você expõe seu corpo e por conta desse quase, quase vi seu sexo desenhado sob as vestes. Um quase bico de seios parecia se insinuar em minha direção, uma quase exibição de marcas de calcinha, uma quase maçã quase aberta, quase se mostrando, quase dizendo me coma. Por tanto quase, quase me excitei. 
Por ter ficado no quase, assim mesmo na base do quase sempre, eu quase amei, quase me apaixonei, quase que Santo Expedito me atende, e como eu quase não pedi, ele quase não me atendeu. E quando eu quase disse - hodie!, ele quase me ouviu. Foi tudo por uma peinha de nada! E assim, quase que fui feliz...







... em http://www.youtube.com/watch?v=lDRy8I2p2jY


... do tio Manduca...

sábado, 28 de abril de 2012

A garota e seu tornozelo...




"A Garota e seu  tornozelo." - Por ela mesma.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sinto falta da garota dos olhos de jabuticaba...

Ela me fazia sorrir...
me acalentava os ânimos exaltados ou deprimidos de uma vida sem rumo,
cunho ou punho.
Sinto falta de seu sorriso que contagiava minha tristeza a ponto de faze-la gargalhar,
seus olhos contemplavam minha sensação de impotência diante do mundo,
e de minha completa ausência de amor pro'prio com carinho, com amor e com afeto.
Olhos que me traziam paz, tranquilidade, conforto e dormiam em minha mente mesmo depois do adeus...
Adeus garota dos olhos de jabuticaba,
encontraste o amor nos braços de outrem,
e minha ausência garante que sera's feliz,
pois bem lembras que so' carrego em meu peito:
tristeza, du'vidas e defeitos...

Me pediste...

Um dia te pedi em prantos,
uma cura para meus desencantos e desventuras,
uma maneira de repousar em um canto, o mundo que carrego em minhas costas.

Largas e açoitadas pelo pior carrasco que conheci,
aquele que encaro,
todos os dias diante do espelho.

Te disse:
- Pede para que eu me entregue aos vi'cios da ciência.
O fizeste.

Hoje encaro a vida,
a morte,
e todo o caminho,
O caminho,
e todo mais que pesa ainda em meu coração.

Mas dei o primeiro passo,
e graças a teu pedido,
que tal qual matrimônio,
me uniu a ti,
na esperança de um dia ser ao Seu lado,
um so'.

William Shakespeare e meu direito de resposta...


William Shakespeare...



De almas sinceras a união sincera. Nada ha' que se impeça: amor não e' amor se quando encontra obsta'culo se altera, ou se vacila ao mi'nimo temor. Amor e' um marco eterno, dominante, que encara a tempestade com bravura. E' astro que norteia a vela errante, cujo valor se ignora la na altura. Amor não teme o tempo, muito embora seu alfange não poupe a mocidade. Amor não se transforma de hora em hora, antes se afirma para a eternidade. Se isso e' falso, e que e' falso alguem provou, eu não sou poeta, e ningue'm nunca amou.

...

Nunca amei, nem me sagrei cavaleiro defensor do verna'culo nem de sua vertente boêmia e emocional, não me consagro poeta, nem vocacionado sou por falta de graça e dom. Mas a paixão me fez um dia, e em um dia feito de paixão, sonhei e fui seu.

...Antonio Moraes Filho



domingo, 22 de abril de 2012

Estava em minha cela...

...o ce'u que ja' não via a muito, parecia tão doce quanto as nuvens de algodão que provava enquanto criança no parque de diversões do interior do meu interior... Abertas as grades da cela, como que anunciando a entrada dele, vejo entrar um homem. Magro, alto, esguio e bem vestido, traje elegante, fino, vistoso, branco, vestia ale'm de sua quase tu'nica um relo'gio de ouro, que marcava a falta de 6 minutos para as 6 horas do sexto dia do presente ano. Era um janeiro fati'dico e apontava o correr das a'guas de janeiro... do u'ltimo janeiro, da estação fria de um inverno que seria o derradeiro de minha existência.
Os u'ltimos seis minutos que passei, provei o doce sabor do ranço do u'ltimo caju' que pus em minha boca, jogando fora e deixando de torrar a castanha que me fora reservada, por ter sido privado de minha liberdade e por estar a muito longe de um mundo que um dia me foi familiar.
Aquele homem me encarou com desde'm e disse olhando a grade aberta e falando com voz mansa e sedutora:
- Vai! Estas livre... não tera's de pagar o preço de seus pecados... não tera's de morrer, nem tão pouco encarar aqueles de quem foste algoz...
Olhando para ele, e descrente do que me acontecera, vacilo e caminho em direção a minha redenção, mas antes de me ausentar do destino que me fora reservado, estendo minha mão e acaricio as barras da cela que por muito tempo foram minhas u'nicas companheiras, amigas, confidentes e que me protegiam do mundo la' fora, como protegiam tambe'm o mundo de minha histo'ria e de meus tropeços...
Ao tocar por pouco que foi aquele metal frio e indiferente, me lembrei do quanto fiz, e de tudo que hou para que chegasse e fosse conduzido aquele vil momento, em que minha vida seria roubada, imolada e dada a tantos para que meus pecados fossem finalmente julgados e perdoados por uns poucos...
Olhei para tra's, vi o sorriso do homem e perguntei o preço de minha liberdade, ele me respondeu com sorriso nos la'bios:
- Basta me seguir...
Olhei o homem, examinei suas abotoadoras com diamantes encrustados, seus sapatos negros lustrados...
Voltei e sentei no mesmo banco, me debrucei sobre a mesma mesa, peguei o mesmo la'pis e o mesmo papel branco que encarei por 60 anos sem conseguir escrever um rabisco sequer... Criei coragem e empunhando minha espada, com la'grimas nos olhos, e ciente de meu destino disse ao homem:
- Ja' tenho a Quem seguir...
Encarei minha morte, com paz em meu coração, com a certeza de que não tive a melhor vida, que não fiz o melhor que podia de minha vida, que não fiz uma alma sequer feliz pelo simples fato de ter nascido... que nunca amei ou fui amado, sequer honrei uma u'nica gota de fe' depositada em mim....
O ponteiro dos minutos alcançou o das horas e o guarda-cela me chamou para conduzir-me ao corredor dos u'ltimos passos, para me deitar no u'ltimo leito e adormecer no u'ltimo sono...
Levantei... e com o mesmo olhar triste que carreguei a minha vida toda acenei ao advogado de olhos sombriamente indescriti'veis carregando algo nas mãos que seria o meu legado...
Ao atravessar as grades, amordaçado, algemado aos meus delitos entreguei a carta que deixo ao filho que nunca tive e aos pais que nunca amei, esta carta.

So' você...

Sabe como me sinto atrave's de meu sorriso,
fa'cil,
desvio,
e quase sincero...
so' você e seus olhos vêem atrave's dos meus,
o que realmente sinto...
desenrolam os novelos de devaneios,
confusões, insegurança e mentiras,
que conto pra mim mesmo na esperança de um dia deixar de te amar...
de seguir em frente,
em busca dos olhos,
que ate' mesmo atrave's de meus o'culos,
percebe minhas la'grimas, no sorriso que não dei,
no dia em que você não estava aqui.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

As palavras, o mar e tudo o que não consigo dizer...

Não e' hoje que te perguntarei o que gostaria,
pois nem ao menos as palavras sei peneirar de meus devaneios
para ti saber dizer o que realmente quero.
Diante de tal confusão e inquietude...
deixo o vento levar as garrafas...
minhas mensagens...
e quem sabe o mar...
com sua sabedoria...
não escolha a certa ordem e desabroche em meu coração a coragem de te dizer...
e de saber de ti... o que tanto quero.

Kafka...

Me procuras, não sei por que nos desejos de meus sonhos... que banhados pela...
ne'voa de morfeu, engrandecem meu despertar de borboleta...
minhas asas... que mal sai'ram do casulo, não sabem ao certo... se voam...
para a liberdade de um dia voltar a ser teu...
ou apenas para vontade de um dia adornar teus cabelos, como adereço em um dia de sol...
apenas sei que quando penso em liberdade...
quando sonho...
so' sinto saudade... de ti
e arrependimento...
do dia em que deixar de ser teu.

Autor...

Vontade de ser apenas um fantasma, como aquele que me olha neste exato momento e me diz:
-Você e' louco?
Pergunta atravessada e a contendo de toda minha vontade de não ser...
Acredito que esta' em mim, o fantasma que me pergunta aquilo de que ja' sabe a resposta, e que prende a mim este medo de sair... este medo de sentir... medo de ser...
Trancado, na escuridão do quarto apenas a luz de uma vela que mi'ngua e esclarece apenas meus desejos...
transito entre letras, vontades, desespero, e outras, que nem ao menos sei se vivi, se senti, se sou, ou se um dia ao menos serei...
apenas, eu, a pena, apenas... e o papel...

Pedras e cartas...

Coleciono pedras, cartas de dias, sejam eles bons ou maus, sejam eles vividos ou não, sejam eles sonhos ou histo'rias ditadas pelas teclas de minha ma'quina de escrever... carrego pedras, vidas, amores, histo'rias e mares que ainda hei de navegar...

Deixem meus fantasmas, levem apenas a lucidez, a ordina'rio e o mundo...

Prezo pelo dia em que meus fantasmas serão apenas lembranças de um passado sem volta...
mas no dia em que se forem o que restara' de mim senão, senões de um homem ordina'rio, de um homem sem medos, sem misterios, e sem devaneios... de um homem sem fe'... sem a luz que torna meus dias mais claros ou escuros segundo o humor de espectros de sobrenome lembrança... que restara' de um homem sem um passado... que restara' de um homem que apenas lu'cido, se contenta com a monotonia do mundo... que restara' de um homem... que abandonou a loucura para se entregar a mediocridade do mundo...

Sinto falta...

... do cheiro da maquiagem que não puseste no nosso primeiro encontro,
e de como ela sobrepujava o teu perfume, que ainda repousa em meu travesseiro...
junto com todas as vezes que te vi partir, e sonhei com a tua chegada...
sonhei e sonho,
com a pergunta que não fiz, por medo de dizeres não aos meus anseios e aos meus fantasmas...
que carrego em mim desde o dia que disseste não aos meus impulsos e a minha vontade de ser seu, sem medida e sem julgo, fosse ele verdadeiro ou não...
me atormenta a falta que me faz sua voz e vos que tal qual o po' de arroz de teus dias brancos, fez mais branco  a brancozidade de meus sorrisos...
e quanto a todo o resto, canto com peninha, enquanto uma la'grima cai enquanto dirijo à noite chuvosa...
- Tua maquiagem ta' legal...

sábado, 24 de março de 2012

Tomarei de conta

 
Tomarei de conta
.   [e guardarei para ti.
Tomarei de conta
.   [e ela esperará por ti.
Junto dela lembrarei de ti
.   [amigo de prosa e verso.
Como ela aqui te espero
.   [sem se tratar de mero
.   [colega
.   [em se tratando de amigo
.   [que guarda um tesouro
.   [e a volta do amigo aguarda.
Estarei rodeado de pontes
.   [rios
.   [versos e prosa.
E a pedido de quem te espera
.   [acolher novamente em teu seio
.   [te transmitirei o que dela não irás esquecer.
A poesia do Capibaribe
.   [a prosa do Beberibe
.   [o queijo e o doce da moça Pernambucana
.   [a generosidade do povo
.   [e a hospitalidade do leão do norte
.   [que abriga em seu peito
.   [a terra dos recifes
.   [a mulher que te amou
.   [te deu carinho e te teve como filho
.   [e que vai chorar à despedida
.   [mas que sabe que irás voltar
.   [pois sempre estará contigo
.   [porque te ama
.   [e te quer bem.


...dedicada ao Poeta da Vida (Ismael Alexandrino, me'dico, jornalista e cristão), que já pensa na despedida, mas que sabe que a despedida nada mais é que um até breve.


Imagem: 'Um homem e o mar do Recife' - Ismael Alexandrino (www.cafealexandrino.com)
 

terça-feira, 20 de março de 2012

Selvagem...

Sou um bicho,
    animal, bestial e
    selvagem.
Arisco em todos os
   sentidos.
Voraz em todo
   apetite
e sede de te fazer
   o que desejo(as)...
O que sinto, o
   que quero e amo,

mas não me prenda,
   não enjaule-o,
   coração de fera
      que pulsa e bate
   no peito deste lobo fiel,
arraigado no medo, medo,
   medo de que um dia
      comerei apenas
ração servida
      em tua mão e
contemplarei a
      lua pela fresta
   que restou de minha liberdade.

Então seria apenas um
   Guevara sem
      barba ,
ou um Lenin som
         cabelos grisalhos e longos,
e tu não sentirias nada por mim,

pois haverias de ter matado
   todo selvagem e
      rebelde que havia em mim.

domingo, 18 de março de 2012

Um sonho de escritor...

ou um escritor de sonhos...
Gostaria de escrever meus sonhos, minha ilusões, meu amores e minhas graças. De me deleitar acariciando a pena ou as teclas de meu computador... ou quem sane da ma'quina de escrever que foi de meu avô e esta' guardada na estante, ja' cheia de poeira e solidão...
Mas vivo em agonia, constante du'vida de minha sanidade ou capacidade de viver meus sonhos, e me afogar em um mar, tormenta, que ja' me aconselharam a não mergulhar sozinho... o horizonte de minha mente, confuso e por muito triste por não saber onde e como chegar... mas sinto... que percebo as palavras de maneira diferente, paixão pela sua forma, e tampouco consigo enxergar como os outros enxergam, encaro cada uma como um quadro, uma foto ou algo que ainda não se descreve, cada uma tem personalidade, são constante e variantes em todas as suas nuances e caracteres... seus caracteres não se somam a gerar fonemas, eles não são parte de palavras, ele geram palavras como um consoante ao beijar uma vogal deriva um fonema e dos muitos filhos nascem palavras que amam, e sentem a necessidade que tenho de ama-las.

domingo, 4 de março de 2012

Dia dos Pais



Poesia


Lembro de você e penso na possibilidade

prática do teorema probabilístico de "Chêiquispiri":

"Ser ou nao ser, eis a questão".

Ser ou não ser é a questão.

Mas ser é mandatório,

ser é singularidade,

ser não é opção,

ser é ser,

por si só e sem condições.

Por isso sou!

...

Sou mais você!



Dedico este poema ao meu pai.


Ao som de 'Pai' - Fábio Júnior - http://www.youtube.com/watch?v=YoiDOrL28Rk -
Degustando Café com leite
Fumando Hollywood Original
Imagem:'Pai e Filho' - Fla Barbieri

Confesso que minto...


Confessas a tristeza em descobrir a mentira, confessas a insegurança que isso traz de não saber mais o que pode ou não ser verdade. E me perguntas reprovando parte de meu eu: "Não há nem o que dizer, não é mesmo?". Sem resposta ouço grilos e o silêncio da insegurança e do medo baterem em minha cara, próximo percebo a vergonha a rir de mim e sinto plena vontade subita de correr dali.
Mas depois de pensar, junto com meu travesseiro, lembro de premissa antiga de que "Só a verdade liberta." e te respondo agora que: "Sim. Há o que dizer. E agora sei o que dizer. Posso te contar a verdade. Não posso te contar todas as verdades, até porque o conhecer de toda a verdade não me pertence, mas a verdaed sobre este fato te posso contar." Não recordo bem o que te disse, bem como as tantas versões para a mesma estória que já contei, mas te confesso agora a original e única.
Me olhas com reprovação, e novos grilos são o único som que se ouve, exercitas novamente a arte do silêncio e praticas a capacidade que tens de me fazer querer mais, mesmo tendo medo de admitir isso. Mais uma vez confesso que minto. Mas confesso também que te falei mais verdades que mentiras e que nunca menti quando falei de meus sentimentos, sejam por ti ou por outrem.
Se gosto de contar estórias e usar o verbo para vender flores ao preço de rosas é apenas para te chamar a atenção, algo que não consigo mais deixar de fazer, pelo menos não por enquanto. Lembro do que escrevi a poucas horas em outro poema: "Faça amor não faça guerra, Lute apenas pelo que vale a pena, ou seja, só faça guerra por amor." Confesso que nem mesmo sei se escrevi dessa forma ou se a autoria é minha. para justificar o plágio ou a nova versão, digo meio sem graça, e sem vergonha, que sou: "Fazer o que!? Não tenho memória e sim vaga lembrança."
Confesso mais uma vez que minto, adimito e não me envergonho disso. Até por que todos pentem seja por vaidade, interesse, para proteger alguém da verdade, pela solidão, por medo e até mesmo por amor... Confesso que minto e confesso que nem mesmo sei o motivo de mentir, mas confesso também que espero chegar o dia em que te direi somente verdade: te...

"Once, a pioneer. Twice, a prostitute."...

Disse Jim Morrisson, quando interrogado por um grande, desesperado e quase choroso produtor da TV americana, por ter "gritado" 'sonoramente' irado e desbravador 'high' (alto) durante uma transmissao ao vivo ao cantar com sua banda uma de suas mais famosas melodias.
O problema não foi a palavra propriamente dita, mas sim o contexto em que ela estava inserida. Precedida por um 'get'(ficar), tornava automático a associaçao a drogar-se, que era o que a cançao realmente queria expressar.
Bem ou mal, tal executivo havia alertado que deveriam substituir durante a transmissao aquele promiscuo, perigoso e herege 'verbo' por algo mais light ao inves de alto. Algo interpretado como um contracenso por Jim pois ele deveria achar lógica no fato de que o que é mais leve geralmente está no alto.
Ao fechar delicadamente a porta do camarim onde estava a banda 5 minutos antes de entrarem no ar, o poeta da banda olha para Jim e pergunta: o que faremos agora? - Eu que sei!? Quem escreve as letras e vc! - Responde a voz do grupo, confiando a missao a quem mais experiencia tinha com as palavras.
Por fim de contas. Jim fecha a conta de suas aparições naquela emissora seguindo de maneira ortodoxa a receita da letra original sem tirar nem por virgula ou acento, de madeira, ferro ou plástico biodegradável.
Lembro de escutar o então já caleijado 'producer' sentenciar: "Vcs nunca mais cantarão na TV". Jim com um sorriso misto de pegadinha do faustão e siceridade sarca'stica com pitada de ironia agridoce atesta: "Nós acabamos de fazer isso 'dude'(carinha, meu, mano, irmão)" e encerra o diálogo com o título ou tema deste relato: "Da primeira vez, pioneiro. Da segunda vez, vagabunda." ao pezinho de letra.

O telefone, as cartas e os selos

E' de noite que o telefone parece tão sedutor,
a vontade de escutar tua voz me faz querer render as delicadas teclas e te ligar.

Escrevo-te carta que nunca te enviarei.

Deixei-te ir, deixei-te arrumar as malas e partir...

e so' me consola o telefone, a escrivaninha, a caneta, as cartas, os envelopes e os selos que nunca lamberei.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Trigenição - O retorno

..homem , esguio de má vontade, acende um cigarro, como que fumar gostaria, sem que precisa-se acende-lo. Barbas compridas, cabelo por cortar, desleixado, e inconsciente de sua razão de ser.Entre um trago e outro, pergunta ao flanelinha:
- Você sabe qual a melhor mágica que um homem pode fazer?
- Botar comida na mesa de minha casa, ajudando pessoas a estacionar seus carros...
Contrariado, ele responde:
- Errado...
- Porquê?
- O mais mágico é de dois fazer um.
- Não entendo - diz o moleque já coçando a cabeça, seja por falta de banho, por parasitas, ou quem sabe até por realmente se interessar por aquele papo ébrio de fim de noite...
- Simples, você tem dois carros, um quebra, você então começa a usar o outro, mas este também quebra, o que você faz?
Se sentindo num mato sem cachorro o "muleque" responde irriquieto e contrariado:
-Boto ambos na oficina e ando de ônibus até ficarem prontos.
-Errado
-O que deveria fazer então?
- Desmonte ambos e construa um carro melhor...
Com riso entrecortando discretamenta, o esboço de bochecha que aquele homem magro poderia ter algum dia e já tragando talvez por uma última vez esta noite, desatenta-se um pouco e o muleque contrariado responde após pensar um pouco:
- E o senhor sabe de um grande mistério, que talvez eu lhe diga a resposta e você nunca entenda?
O homem desatento reponde como que não houvesse nada que aquele menino pudesse lhe perguntar que ele mesmo já não tivesse descoberto por si só...
- O que?
- A maneira de um virar dois...
- Como assim?
- Acredita em Deus?
O descrente e afetado responde como todo "ateu graças a Deus":
- Sim...
Uma dúvida lhe entrecorta as madeixas e lhe deixa um pouco nu diante da dúvida que aquele quase nada lhe fizera mistério...
- Pronto, teve um cabra arretado que veio por essas banda e disse que era filho dele e o próprio Deus, e fez coisa que até Deus duvida...




Indescriti'vel leveza da cruz...

E quando da tristeza e do sofrimento [que percebo o quanto meu trabalho [me faz mal. E' quando da insegurança [do medo de errar, [do medo de não fazer o suficiente, [da incerteza do certo e errado, [do que e' bom do que e' bem, [do que sinto, do que [deveria sentir. Que não gosto do que faço, [que sofro, [que sou atormentado, [e atormento, [que percebo, Que não gosto... [so' amo.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A u'nica ouvinte de minha ra'dio nacional...

Perdi minha u'nica ouvinte,
minha u'nica leitora,
a u'nica pessoa que sabe de minhas dores,
a u'nica pessoa que sabe tanto quanto eu o que são as dores do mundo.

Tenho a impressão que nada mais ha' de ser escrito,
se não ha' quem leia, que sentido faz escrever!?
Deixarei de lado, as madrugadas e as dores, deixarei de lado as cartas que te escrevo,
e deiarei de lado a minha vontade de viver.


Nausea

Meu coração do'i
doi apenas quando respiro...

meu orgulho diz que e' melhor que nada sentir.

Meu estômago, embrulhado pelo ultimo adeus,
insiste em devolver o almoço.

Corro para o banheiro, ensaio vomitar minhas mentiras,
mas nada ale'm de tosse e vergonha atravessam a goela.

Retorno a ma'quina de escrever, e vomito nela todas as minha dores,
minha nausea, insiste que tenho que tambe'm vomitar o almoço na ma'quina de escrever.
Tento um antia'cido,
sem sucesso,
e ainda com o coração doi'do,
vomito as dores que causei,
vomito minhas dores,
aspiro a socioptia e morro engasgado em minhas proprias mentiras.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Gelo e cigarros...

O wisky gelado,

"on the rocks"

qual rock'n'roll.

Rola em minha
       goela

Abaixo,

         de todas
    as dores, lembranças

de amores e amores
       que vivo
                e vivi,

amo, e o wisky

vaqueiro, straight

me amansa a alma

a ama e as paixões

deli'cias de uma noite

que ja' passou,

              o sol nasce.

Lui's do "Braço-forte"

... me canta:

que mundo bonito,

belo, e maravilhoso

deve estar chorando

de mu'sicas, canções

mero bastardo,

doce, aveludado
      e desgraçado

que me faz chorar
com seu blues e jazz, não sei bem certo...

tristezas que não são minhas.

Algumas pa'ginas...

Perdi alguns dias de

     minha agenda,

              esqueci o dia
   6 de fevereiro e

        não mais se
quero lembrar do

     16 de março,,

um da que pensava
 
ser como outro

qualquer mas foi

diferente, inquieto e

louco, e me perdi,

quando conheci

                   você.

Segunda-feira

Mais um dia de
   feira em que os
bares e borde'is de
minha prostituta,
      chamada de senhora,
rainha
     do mar, não abrem.

Mas quem disse que
      as pessoas não amam
não pecam, bebem,
fumam ou fodem
     nas segundas-feiras!?

Ressaca. Dos infernos,
dantescas e poe'ticas

... Segundas-feiras.

Diabos!

Domingo

Sagrado, profano e
         de carros acelerando
no planeta dos macacos.

Esqueço...

Esqueço as correntes
     que prendem meu
coração as dores
do mundo ao
perceber a carência,
         sofrimento e dor
de meu irmão
      que chora...
seja por falta
    de carinho
    de aconchego
    de amor ou
             atenção

de quem pode
    fazer algo
       por mi'nimo que
   seja, conforto
de um olhar,
   por mi'nimo que
       que seja o

minuto dispensado
   a chorar por
                 
                  amor.

Aviões...

Vejo muitos viajarem para
       longe, para ajudar
      outros muitos,
               perdidos e sem
                        caminho.
Esquecem que perto
                      [de si
      muito perto de onde
           estão, tal qual
      embaixo do nariz
           ha outros tantos
      a pedir ajuda
          socorro, peregrinos
tambe'm em busca de fe'.

Antonio a lá "Carlos Bucausqui"

É a na madrugada,
na noite,
que minhas linhas fazem sentido,
afogam o pouco de humano que há neste redator de mentiras e traição.

É o pouco de humanidade que morre em mim,
quando o divino se faz ausente e difícil de se entender...

É no calada, da noite, de seus pensamentos,
que o amor me parece tão distante,
que o teu calor parece glacial,
e que minhas dores extenuantes, parecem ser sem fim...

é na minha dor que quero foder,
te deserdar de personificação, de ser, de estar...

é querendo estuprar teus sentimentos e teus amores,
que sinto que minha dor não é nada além de insônia, mágoa e rancor.

Sou Antonio,
mas hoje com uma pitada de Charles Bukowski,
- E o que devo fazer!?
Afinal, o amor é mesmo um caos dos Diabos.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Um cigarro, uma madrugada e as dores do mundo...

Morro um pouco a cada cigarro,

prazer, contente, pois livrarei o mundo de minha tristeza,

livrarei minhas tristezas do mundo,

afogando meu ultimo suspiro a cada trago,

a cada gole de medo, isolamento e dor,

vontade de fugir,

e bem longe esquecer quem sou,

onde vou,

e com o cigarro aceso,

destilo em cada trago minha solidão,

e me alimento da dor de ser sozinho...

mesmo estando no meio da multidão.

Uma noite no meio de meus dias...

Estou aqui,

no meio da noite,
 espremido entre um e outro cigarro,

Fumando minha insegurança, meus medos,

tecendo demo'nios e desejos,

vontades, e angustias mil.

Como que pedindo ajuda, ao vento,
com a fumaça de meus dias, sem cor, sem "cor"...

Ausente do encanto,
de ser cultivado, por ti...

e perto de esquecer,
esquecendo de mim, e do que poderia ser,
se agora estivesse a teu lado.

Tambe'm te amo, mesmo que você não acredite...

Oi!

Tudo bom!?

Como esta's?

Bem, e você?

Caminhando... marrom... e a espera de te ver...

Não sei...

O que houve?

Você, confia desconfiando...

Mas o problema não e' você, sou eu... você sabe que não confio em ningue'm...

Mas eu confio em você...

Exatamente... mas eu não confio nem em mim... como você consegue?

Não sei apenas confio...

Melhor pensar duas, duas vezes, quem sabe três, antes de confiar em mim...

Então melhor não te ver mais...

Pode ate' ser... mas esta conversa ainda não terminou... você sabe que estarei aqui...

Sei...

Amanha, tento de novo...

Ta... Então ta'... Tchau...

Tchau... tambe'm te amo.

O cafe' que queria dividir contigo...


Me olhas com repulsa,

me cobras a confiança que não deposito nem mesmo em mim!?

Me cobras constância,

quero te dar tudo, mas como posso dar o que não tenho!?

Um dia olharei para tra's e pensarei no que poderia ter sido,

no que gostaria de ter conseguido fazer por ti,

por mim,

por no's dois,

pelo caminho do meio,

aquele que esta' entre mim,

entre você,

e que escolhemos seguir, de mãos dadas, antes mesmo de realizarmos a nossa existência.

Para não dizer que falei só de flores...

... mas também falei em te chupar as partes, até nada mais teres para me dar...

Além do gozo...

forte, lascivo e indecente...  Independente de teus desejos...
                        Pensamentos e vontades.
O desejo que sinto por ti estão até mesmo em teus olhos...

Quero fode-los todos...
            Até que não possam ver mais o medo que sinto de te perder...
Eu ti...
         Eu vou...
                 Vou te foder por completa...

Boca, peitos, mãos, axilas, pés, joelhos, coxas, virilhas, boceta, bunda, narinas, orelhas, ouvidos, e todos os poros...

Bons e maus pensamentos, até você não saber mais quem é... quem sou... ou para onde vamos...

Vou te foder!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Hoje matei dois coelhos,
corri para assa'-los,
comi com desejo,
que carne macia,
branca,
tenra,
delixiosa,
que vontade de comer de novo,
que vontade de voltar atra's,
ver aqueles coelhos de novo,
mata'-los mais uma vez,
quem sabe com uma caixa d'a'gua so'...

... e Deus sabe o quanto odeio pi'lulas...

no dia que te vi a primeira vez,
tomei uma...
você me fez querer ser um homem melhor.
E esqueci que nem todos os problemas do mundo se resolvem com pi'lulas,
                 [mas terminei por descobrir:
                 [que todos os problemas teminam com o amor.


Meus erros...

São o que me lembro,
o que me fazem seguir em frente...
o que penso, ser talvez, o uma consciência, alheia ao que sinto,
ao que acredito,
tenho fe',
mas minha fe' e' algo que não compreendo...
não compreendo entre minhas, angu'stia, entre minha dor, entre minha cor,
meus erros e meus pensamentos,
e' o que quero,
e' o que sei estar certo,
o mor conceito de ser,
a vida,
o amor.

Vou...

Preciso ir...
onde esta's mas minhas dores não me deixam atravessar, a porta de meu quarto,
minha dor não deixa seguir em frente,
não me deixa, usar a chave de minha consciencia, para abrir as dores e desejos, e expressar o que realmente quero,
não sei ao certo onde vou, onde quero ir,
o que quero e onde vou parar, mas algo sei,
vou elegante,
com a espinha ereta,
e quem sabe com o coração tranquilo.

Conheço as pessoas...

Pouco entendo de sociologia, poli'tica e economia,
o que me faz entender o mundo são as pessoas...
sua capacidade de amar, sua capacidade de odiar,
sua capacidade de sofrer, de fazer sofrer, seja por que motivo for,
sua capacidade, seus potenciais,
suas histo'rias, traumas, lutas e muitas vidas,
sua beleza em ser quem e',
suas belezas em ser quem são,
seus amores,
suas dores,
amo.

Kafka, Platão e tantos outros...

Hoje pessoas, vivem em um universo de Kafka, rodeado pelo que queriam ser, ou talvez pelo que realmente sejam por traz das ma'scaras que a sociedade nos impõem a vestir.
Mascaras que determinam, no fim , quem realmente somos,
preconceitos, objetivos, derrotas e miste'rios.
O virtual e real, atingem dilacerantes fronteiras digitais...
Kafka, Platão e tantos outros previram a modernidade...
previram a tristeza que e' ser sozinho.

Estou sentado em minha cama...

Pensando que preciso sair,
lutando para sair desta masmorra que e' viver sozinho.
N companhia apenas de meus pensamentos,
psico'ticos, neuro'ticos, lacivos, santos e incoerentes com a realidade que me cerca.
Estou sentado em minha cama,
ouvindo as queixas de quem ja' foi, e me deixou sozinho, dormindo, fingindo dormir, aparentemente em paz.
pareço em paz...
enganando a quem quer se enganar,
[correndo contra o relo'gio, e vivendo contra a vida, que escolheram viver.
Estou sentado em minha cama, tomando o meu cafe'...
...tomando o meu cafe'....
[ pra fumar.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Mani'aco...

... minha maior mania: VOCÊ!

Ce'u de janeiro...

Hoje vi o ce'u...
na traseira do reboque que ia acertar...
veloz, não veira nascer um novo dia...
ali' estatelado no chão, em janeiro...
Hoje vi o ce'u...
rubro, com os raios de sol entre nuvens, mescladas com tons rubros e cinzas, negros, amarelos e cores tão belas que não consigo descrever em palavras...
Hoje vi o ce'u...
na certeza de que me salvaste,
de mim mesmo...
Hoje me vi em um ce'u...
rubro, vermelho como o sangue que derramei no asfalto a poucos segundos...
Hoje embaixo do c'eu, rubro, belo...
Um c'eu de janeiro,
de um janeiro qualquer...
de mais um janeiro...
sem você.

Saudade

Compulsão,
minhas compulsões são mil...
derradeiras visões de mundo, corrompidas por um passado, que nem lembro quando começou, como sou,
mentiras, devaneios e ilusões mil...
tristezas, que justificam minha vontade de seguir em frente.
Vontades, desejos, não lembro a ultima vez em que satisfiz meus medos, e recuei minha culpa a vontade de teus beijos.

O'culos...

Estava ausente...
mas meus o'culos estavam la'.

Estava distrai'do...
mas meus o'culos estavam la'.

Estava preocupado...
mas meus o'culos estavam la'.

Estava triste...
mas meus o'culos estavam la'.

Não estava contigo...
mas meus o'culos estavam la'.

Não confio em ningue'm com mais de 30...

Não confio em ningue'm com mais de 30...
anos,
dentes,
fobias,
guias,
corações,
venturas...

Nunca passei fome...

Nem de amor, nem de comida...

mas a angu'stia que me fazes sentir nessa derradeira hora de aflição e' o que me alimenta a alma,

alimenta a vontade de te esperar voltar para mim,

e' o que me faz ser paciente,

resiliente,

tudo o que não sou,

e' o que me faz querer ser algo melhor,

um homem,

o homem que mereces que eu seja,

mas as angu'stias que tu sentes pela despedida me faz sofrer, me faz querer mais que te esperar, me faz sentir fome, fome do amor que sentes por mim.
Assim a comida tera' gosto e poderemos jantar juntos, onde quiseres... que fome.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Meus defeitos...

"Tu ja' não sentes mais falta de meus defeitos...

                    ...antes era o que mais admiravas em mim."

Meus corpo sente saudades das tuas mãos...

Ha' muito não sei o que são os carinhos de uma mulher...
As mãos a tocar meu corpo, incendiando a lasci'via de minha carne a desfrutar os desejos de um rapazola de meia idade.
Não quero mais...
A despedida não compensa o prazer de acordar ao seu lado todos os dia... incerto e ausente e' o teu desejo por mim. Minh'alma exulta a tua capacidade de me desejar ao te manter distante de mim e meu corpo e' so' saudade: das tuas mãos, da tua pele, perfume e maquiagem. E so' dor, o que sente na tua ausência.

Tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu....

Tu que encontrastes um coração vazio...
tututututututu...
Tu que me encontrastes desprevenido, despretencioso, que depressa me acalmou...
Imaginei romances e por 15 anos não pensei...
Dancei em meus textos, cantei minhas musicas, e me pintei com tuas tintas, me fiz criança e acreditei...
Mas hoje, esta' ocupada demais para ouvir minhas lamu'rias...
tututututututu...
Mas vou te ligar de novo, so' vou esperar o telefone dar linha.

Ainda bem....


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Me acorda amanhã...

pois não consigo mais sonhar em te ver.

Glo'ria

Saudade,
Vito'ria!?
Louros!?
Na chegada!?
ou na
Partida?

Branca de Neve

Preciso de uma desculpa para bater a porta de minha donzela, e beija-la para acorda-la do sono profundo, vencendo assim o doce da maçã, que a aprisionou para longe de mim. Preciso ir mas o caminho não e' preciso, e me angustia saber que os percalços de nossos destinos podem nos separar outra vez...

Escrever

Exorciso meus demônios em cada tecla, em cada cigarro em cada segundo de solidão, na noite que adentra minha alma e escurece os pensamentos que correm como a tinta da caneta sobre o papel ate' o raiar do dia.

Manha de sol

Me cobram alegrias, sorrisos, satisfação, contentamento, mas fiz uma opção: ser triste. Não sabem eles que o mel doce que provam e' mais doce na minha boa, por que so' quem conhece, e vive, a orgia na escuridão da noite sabe o prazer que e' o raiar da madrugada.

PÂNICO PÂNICO PÂNICO

Vontade louca de sair correndo, rompendo o silêncio da madrugado com os gritos do pneu careca de minha moto no asfalto, correr, correr, correr...
Quem sabe ao encontro da morte, assim quem sabe, a iminente visita se anuncie, se apresente, assim talvez eu possa convida-la a uma xi'cara de cha', ou cafe' se ela assim o preferir...
Mas sentados a mesa, na ompanhia de um cigarro aceso, poderiamos dialogar e chegar a um acordo quanto ao dia e hora da inadia'vel visita...
Quem sabe assim, ficaria tranquilo, pois teria tempo de resolver todos os meus assuntos pendentes...
Hoje como o Bra's da ilha de Fidel, apenas me orgulho, de não ter tido filho, e assim não relegar a eles as desgraças das facetas da existência humana.
Agora ainda me resta o PÂNICO, então as opções são claras: bater ou correr.
O doutor então me olha, desconfiado, ciente do diagno'stico: -Não preferes um rivotril!?

Madrugada





E' na noite que consigo escutar meus pensamentos e ter a real dimensão de meus erros, meus equi'vocos, minhas asneiras, minha dor. E' a noite que o silêncio castiga minha impaciência, minha angu'stia, minha ansiedade em esperar pela luz de um novo amanhã.

Fumando - Djarium Black
Bebendo - Krognenbier
Assistindo - Mais Uma Vez (Renato Russo)

Teu dono...



Diante de meu pesar, percebo a real dimensão de meu sofrimento, do amor que sinto por ti...
me iludi com a ideia de que realmente poderia amar algue'm e ser amado.
Triste ilusão de um coração apaixonado, de ide'ias romanticas, sonhador, iludido pela ideia de ser somente seu, mas não.
Seu coração ja' tinha dono, tuas paixões são de outro, pois o teu amor não me pertence e nunca me pertencera', pois se ontem disse que te amo, e' por que vou te amar por toda a vida, e com a mesma paixão por todo o sempre. Podes dizer o mesmo?

Fumando - Hollywood America
Tomando - Cafe' com Leite
Escutando - Ana Maria (Santana)

Ti

Você me indaga com quem ando e quem sou, respondo de maneira displicente o que não lhe devo satisfação, e que melhor seria viver prisioneiro de um carcere de mil anos que aguentar livre suas perguntas. Me concedes alforria, então me vejo diante do espelho, e entendo a real dimensão de minha prisão: a falta que sinto de ti.

Meu coração esta cansado...

não deixa meu corpo descansar. Minha mente desperta não sabe o que pensar para distrair minha inquietude. Não tenho onde ir, nesta noite fria e chuvosa. Queria um pouco de chuva em meu rosto, em meu corpo, em meu coração. Mas de longe escuto uma voz que me diz baixinho: não va' se resfriar. E a chuva que molha o vidro da janela de um quarto de hotel não me deixa sair. Medo.

O ultimo cigarro

Estou sentado em minha cama, tomando meu cafe' e fumando, com um aperto emmeu peito que denuncia a dor que esta' por vir. Quando você estava a meu lado, tudo se torna mais fa'cil mais claro, minhas angu'stias se discipam por tua capacidade de me tirar a angu'tia do peito. A luz que refletida por teu corpo me incandeiam os sentidos e tristezas, me abrem os la'bios e me permitem dizer sim e não. Mas não queres mais o carinho que te tenho a oferecer, não queres mais minha presença ou os carinhos que guardei pra ti, não queres mais minhas inseguranças ou o destino que foi reservado a no's dois. Sofro. Quero respirar, mas não consigo, pois o ar que respiro não tem mais o doce perfume de teus beijos, o doce perfume de tua maquiagem, eles não acariciam mais minhas perdas, meus medos, minhas vontades e desejos. Sofro. E so' me fazem companhia, meus medos, minhas dores, o cafe' e quem sabe o ultimo cigarro.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Pesadelo

Esta' escuro... e a noite, meus pensamentos, devaneiam em busca de algo que não sei se vou encontrar, nem mesmo sei o que procuram esses desvarados caboclos que teimam em invadir a praia de meus sonhos, serão novas batalhas, novos horizontes, novas terras a serem conquistadas, seja o que for, sua ira dilacera em mil qualquer resqui'cio de sanidade que por ventura venha a atravessar-lhes o caminho, são fortes e muitos, gritam e cortam, gemem e ugem, suas dores me fazem sentir compaixão, o sangue que escorre de suas feridas torna rubra e enebria minha vista, chegam a dilacerar meus olhos de tão horrendas as carnes expostas ao sofrimentos por tantos anos. Sinto compaixão, e esqueço de minhas dores, por um curto espaço de tempo e compreendo as dores da corja de assassinos que perseguem seus algozes, peço ajuda, grito como eles em busca de socorro, mas so' o silencio responde as minhas preces. Meu coração bate forte, a angustia me condena os sentidos, de mais nada servem as cabeças aos pe's daqueles homens, sua ira transcende a vingança, sua ira e' o'dio puro, e' apenas desejo, e' apenas fome, vil, sangrenta e torpe. Me resigno a dor, a ouvir-lhes a dor, a sentir-lhes a dor e acordo.