sábado, 13 de outubro de 2012

Tânia... (Copos de leite... )




Acordo...
Acordado meu corpo pede um trago...
A bela jaz agora no vaso...
Junto a violetas na janela...
Copos de leite lhe fazem companhia...
E agora respiram...
E se alimentam dela...
A rainha não perde a majestade...
A flor...
Se alimenta dela...
Respira por ela...
As flores, agora ela...
Que sempre foi flor aos olhos de quem hoje a vela...
A bela, a flor, o vaso e a era.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Medo...






Medo de ter medo de temer você...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Terceira vez...


Acordei pela terceira vez esta noite...
como ritual,
um café, três cigarros.
Como companhia a escuridão, dissolvida apenas pela luz da brasa em cada trago.

Vida!?


Minha cabeça dói...
Meus ossos queimam como napalm...

Minha garganta aperta como que estrangulada,
Meus calos castigam meus pés cansados,

No entanto, meus pés ainda calças tuas sandálias,
Meu coração ainda bate por ti,

Só não como,
durmo,
penso,
ando,
ou vivo.

O julgo...


Já vivi desventuras em série,
a maior parte delas, por minha culpa, minha máxima culpa.

Mas os santos hão de me fazer justiça,
vingarão o teu julgo.

Indolente, equivocado...
Vingarão tua falta de compaixão...
teu rancor...
tua incapacidade de perdoar...

Pois muito errei,
mas não desta vez,
e mesmo assim,
me castigasse.

Prefiro o inferno...


Meus olhos ardem... a poeira, o vento e o frio de teu desprezo me fazem desejar o calor do inferno,

a realidade fria de minha melancolia e o desespero do grito de solidão de meu coração leviano me fazem ter gosto pelo sangue que corre em minhas veias...

e me fazem desistir do pulsar de meu peito em favor da paz que traz o epitáfio.

desistir do amor que sinto por ti e afirmei ser sempre meu... eterno... chama... infinito...

desistir da vida,
por susto, bala ou vício...

seja romantica como shakspeare,

ou maquiavélica como Goethe.
No concreto do térreo do edifício em que um dia morei e do qual sinto saudades,
ou no asfalto quente de um dia de sol a 200km/h...

Pobre diabo é o que sou...


Queria um dia... te dizer o que realmente sinto...
queria mais... queria que você acreditasse como acreditou na primeira vez que te vi...

Queria a paixão que sentias por mim...
Quero o amor que sentes por mim...

Quero que expresses a vontade que sente de me beijar,
misturada com a vontade que sinto por dormir,
dormir ao teu lado e sonhar contigo...
pois em sonho somos perfeitos, eu você e nosso amor.

Terei coragem  um dia de mostrar quem sou,
mas quanto mais me conheço, mais medo tenho de te revelar meu carater,
minha persona,
pois ao espelho de tua alma, sou "mais-que-imperefeito", sou vilão, sou bandido, sou demônio...

                            ... diabo pobre é o que sou.

Vai!

Seu telefone não da linha!?
A qualidade de sua chamada não é mais a mesma?

Faça como eu...




Joga essa droga de aparelho no lixo e vá falar pessoalmente com a pessoa que ama!
Não há distância que não possa ser vencida por pés dispostos...
sem saudade que não possa ser morta pela bala da disposição...
tampouco mágoa que não possa ser curada por uma boa dose de carinho...

Vai!

                                e ama!

Me restam poucos cigarros...

Meus amores me abandonam... por ter nascido torto,

por continuar torto,

sem jeito,
sem fé na mudança qu nunca vem,
sem coragem ou respeito pela necessidade de mudar,
sem vida,
sem vontade,

vazio,
triste,
sozinho,

só me resta a companhia de meus fantasmas e dos poucos cigarros...
que com sua névoa enebriam a dor pelas cicatrizes de uma vida de paixões.

Uma bala por caridade...

Não há santo-homem que me ajude...
a fazer uma eutanásia...
nem por caridade...
nem por compaixão...
nem por destino, que dê uma solução...
nisto que tenho e que chamam de vida.

Cantam ser bonita...
mas de tanta dor já desisti...
de ser feliz...
de ser comum...
de ser alguém se se satisfaz com o pouco que é a miséria humana.

Exu-Tapioca...




Exu por filiação...
Ogum por criação...
Oxalá por opção...
Obaluaiê por formação...
Homem por compaixão...
E Tapioca por alcunha...

Coragem...

... me atormenta a falta dela...
não por ser covarde...
não é verdade também que não seja,
mas pelo simples fato de não usufruir de toda coragem que tenho...
mataria,
roubaria,
da mesma forma e com a mesma traquilidade, que tenho,
para salvar ou doar...
seja por compaixão ou ódio,
alegria ou tristeza,
vontade ou medo...
por muito não uso o que tenho e anseio pelo que não posso tocar...

mas o que mão me dói...
é que um dia não poderei estar mais ao teu lado...

e me falta coragem pra dizer Adeus.

Fumar...

Sinto satisfação em fumar...
pois sei que tal qual suicida...
morro um pouco mais a cada cigarro..
sinto a liberdade...
de deixar para trás um pouco mais da dor da existência.