sábado, 28 de março de 2015

Eu que por tanto... (após ajustes editoriais)

Eu que por tanto...

Derramei meu pranto, em lágrimas...
sobre a máquina de escrever,

acompanhado do pio das corujas...
da solidão do sobrado, e da amargura do café,
do conhaque,
do uísque, do cigarro e da angústia, que assombra todo homem,
e que como os olhos da dama da noite, que na verdade era só ébrio desfocar da vista pelo brotar de lágrimas, do medo.

Medo. De encarar o por que de ser só...
de viver a fúnebre angustia de uma neurose sem fim...

...e assombrado por demônios...

Medo da morte,
da solidão,
e do pior que ser só...
(Do se sentir só por uma vida toda.)

A máquina agora empoeirada, espera,
em repouso, ocupada demais, sozinha, criando novos demônios e medos... que me martirizarão em uma outra noite... mas não esta... pois a noite parece dia... e é carnaval em minha vida.


Antonio Moraes Filho e Armando Coelho Neto (Edição)

... tanto quanto qualquer...

... cantaro-lo pelas ruas...
viadutos... pracas e pontes...
tal qual sabiá em pleno verão.

das angustia que sinto...
nem mesmo Deus tem a menor noção.
Herege... pecador... "mea culpa" que sou... em neurose plena:

classifico-me em segredo... santo... a parte... separado... mais do que "gauche"... tão infeliz quanto qualquer Pessoa...

... quanto qualquer fingidor...

... quanto qualquer poeta.