quinta-feira, 19 de abril de 2012

As palavras, o mar e tudo o que não consigo dizer...

Não e' hoje que te perguntarei o que gostaria,
pois nem ao menos as palavras sei peneirar de meus devaneios
para ti saber dizer o que realmente quero.
Diante de tal confusão e inquietude...
deixo o vento levar as garrafas...
minhas mensagens...
e quem sabe o mar...
com sua sabedoria...
não escolha a certa ordem e desabroche em meu coração a coragem de te dizer...
e de saber de ti... o que tanto quero.

Kafka...

Me procuras, não sei por que nos desejos de meus sonhos... que banhados pela...
ne'voa de morfeu, engrandecem meu despertar de borboleta...
minhas asas... que mal sai'ram do casulo, não sabem ao certo... se voam...
para a liberdade de um dia voltar a ser teu...
ou apenas para vontade de um dia adornar teus cabelos, como adereço em um dia de sol...
apenas sei que quando penso em liberdade...
quando sonho...
so' sinto saudade... de ti
e arrependimento...
do dia em que deixar de ser teu.

Autor...

Vontade de ser apenas um fantasma, como aquele que me olha neste exato momento e me diz:
-Você e' louco?
Pergunta atravessada e a contendo de toda minha vontade de não ser...
Acredito que esta' em mim, o fantasma que me pergunta aquilo de que ja' sabe a resposta, e que prende a mim este medo de sair... este medo de sentir... medo de ser...
Trancado, na escuridão do quarto apenas a luz de uma vela que mi'ngua e esclarece apenas meus desejos...
transito entre letras, vontades, desespero, e outras, que nem ao menos sei se vivi, se senti, se sou, ou se um dia ao menos serei...
apenas, eu, a pena, apenas... e o papel...

Pedras e cartas...

Coleciono pedras, cartas de dias, sejam eles bons ou maus, sejam eles vividos ou não, sejam eles sonhos ou histo'rias ditadas pelas teclas de minha ma'quina de escrever... carrego pedras, vidas, amores, histo'rias e mares que ainda hei de navegar...

Deixem meus fantasmas, levem apenas a lucidez, a ordina'rio e o mundo...

Prezo pelo dia em que meus fantasmas serão apenas lembranças de um passado sem volta...
mas no dia em que se forem o que restara' de mim senão, senões de um homem ordina'rio, de um homem sem medos, sem misterios, e sem devaneios... de um homem sem fe'... sem a luz que torna meus dias mais claros ou escuros segundo o humor de espectros de sobrenome lembrança... que restara' de um homem sem um passado... que restara' de um homem que apenas lu'cido, se contenta com a monotonia do mundo... que restara' de um homem... que abandonou a loucura para se entregar a mediocridade do mundo...

Sinto falta...

... do cheiro da maquiagem que não puseste no nosso primeiro encontro,
e de como ela sobrepujava o teu perfume, que ainda repousa em meu travesseiro...
junto com todas as vezes que te vi partir, e sonhei com a tua chegada...
sonhei e sonho,
com a pergunta que não fiz, por medo de dizeres não aos meus anseios e aos meus fantasmas...
que carrego em mim desde o dia que disseste não aos meus impulsos e a minha vontade de ser seu, sem medida e sem julgo, fosse ele verdadeiro ou não...
me atormenta a falta que me faz sua voz e vos que tal qual o po' de arroz de teus dias brancos, fez mais branco  a brancozidade de meus sorrisos...
e quanto a todo o resto, canto com peninha, enquanto uma la'grima cai enquanto dirijo à noite chuvosa...
- Tua maquiagem ta' legal...