domingo, 17 de outubro de 2010

Dois anos de prisão...


Estava eu a exatos dois dia virados, na gíria dos cariocas, creio, é algo parecido com não dormir por duas noites consecutivas. Enfadado de tantos pensamentos, e angustias, insatisfações. Me ocorre que às 7:30, ligo para meu amigo Benning na esperança de que este houvesse desistido, mas ele me responde de pronto: - Estou vestindo o macacão, adiante o seu lado par sairmos cedo. De pronto fui arrebatado da cama onde estava sentado, e uma voz me disse: -Vai! A contragosto do que uma boa dose de saude recomenda, peguei a estrada apesar dos pesares, na incerteza de se me sentiria em casa, como me senti da primeira vez, que subi em uma motocicleta com destino ao horizonte.
Bem desta vez não estavam comigo meus mestres e irmão de matilha, meu lobos irmãos, que tanto me ensinaram de companherismo e união, mas meu trunfo era que carregava e sempre os carregarei no coração e no instinto selvagem de devorador de asfalto que tenho em minha sede. Afinal quando me perguntam se faço parte de algum clube de motociclistas respondo de pronto: - Sou do Lobos do Asfalto e não somos um clube, somos uma matilha.
Não temos sócios, não temos chefes, temos líderes, e seguidores, famílias e irmãos, temos mais do que motos em comum, somos uma irmandade onde a paixão por motocicletas é apenas mais uma coincidência.
Não sabia como iria me comportar mas sabia que estaria seguro.
Cerca de uma hora após o telefonema, tinhamos destino, combustível, vontade e fome de asfalto.
Sentir o vento de novo, a liberdade de pensar apenas em se manter na linha, e o desafio de ser o único com uma moto chopper a estar no grupo passaram despercebidos diante da solidariedade e afeto dos amigos.
E pude me sentir depois de dois anos mais uma vez livre.


Querer morrer é pecado?

Não pergunto a moralistas, sacramentistas, ou quaisquer outros istas da vida.
Pergunto a um qualquer, a mim mesmo. Por tantas vezes nos ultimos anos desejeio que minha vida tivesse fim.
Há um agrande diferença entre desejar o fim desta vida e desejar terminar com a própria vida.
Nunca desejei matar, apenas ser morto, para os cruéis, ou ortodoxos, seria apenas mais um ato de covardia, pois desta forma não seria capaz nem ao menos de assumir o que desejo. Mas de coração é um não mesmo.
Um não pois sou espiritualizado o sufienciente para ter deixado a ignorância de acreditar que terminar minha rópria vida seria a solução ou o fim de problemas, afinal a lógica diz que problemas só terminam quando são solucionados, se os postergamos ou nos recusamos a enfrenta-los eles apenas se acumulam como um lixo de cozinha que não é tirado de tempos em tempos, juntando baratas, e outros, animais nojentos e doenças.
Bem sem mais, deixo, na mão de quem mais sabe, dAquele e espero em quem acredita em mim, quem tem fé em mim, os outros pois de mim não vem mais este sentimento e a quem me entreguei nem o perdão me foi concedido.

A vida...

"A vida é uma prostituta que beijamos na boca e pedimos em casamento."

O mistério do grão de mostarda...

Foi dito pelo Homem, que tenhamos fé do tamanho de um grão de mostarda.
Semente minúscula, tão pequena, ínfima, tão discreta, que para aqueles que duvidam até da própria sombra, não acreditariam na existência desta entidade botânica.
Bem, a reviravolta da iluminação que tal afirmação pode vir a trazer na vida de que começa a entender um pouco do que realmente é fé, está no fato de compreender que: fé não se quantifica. É algo que se tem ou não. Ao nos propor que tenhamos fé do tamanho de um grao, como grande didata que foi no ensino do amor, nos ensinou a buscar algo aparentemente fácil.
Pois o que torna o aluno, ser sem luz, capaz de emanar graça é simplemente o fato dele se sentir capaz disso. E como a cobra que come o próprio rabo, tudo se resume. Tendo fé teremos algo que todo ser humano precisa acreditar: que é capaz de fazer a diferença, de conseguir o que parecia impossível e vencer a dor, de reconhecer a graça. Reconhecendo a graça que lhe é dada terá fé.
Então irmão, a lição já foi bem dada, apenas segue...

Vocé é pegável...

Me disse uma amiga às 4 da matina do dia de hoje. Quem me conhece, hábitos e gostos,
poderia pensar que estávamos prontos a consumar algo que transformaria uma amizade em
digamos uma amizade especial, segundo a velha guarda: colorida.
Porém nada disso é verdade, um elogio que foi de difícil entendimento para uma pessoa tão pouco letrada
nas gírias ou denominações de hoje em dia, se não fosse acompanhado de algo do tipo: você é charmoso,
chama a atenção onde passa, tem lábia, pelo menos foi o que pude entender do tanto de explicações que me dera.
Ha, amiga, triste de mim que tenho que escutar de ti isso, triste de mim que tenho de escutar de pessoas que não dominam meu coração algo que como louros em forma de doces palavras.
Me deste mais do que isto hoje, quando ia domir cedo, me destes força para me manter de pé, de rir, mesmo que amarelo pela falta de costume de rir, algo que se perdeu por um amor que não mais correspondido é.
Um dia tive uma peixinha para colocar no mar mas a coloquei dentro de um aquário, por medo de que ela não fosse forte o suficiente para enfrentar as ondas. Hoje tenho um mar para que nele ela nade e esta mesma peixinha, assustada com as correntezas dos rios e tempestades que a trouxeram de volta pra junto de mim, não quer mais se aventurar ao meu lado.
Esquece que no amor não importa o quanto amemos um ao outro, algo sempre pode dar errado. Hoje ela prefere a segurança da infelicidade do que a incerteza de que é ser feliz ao lado quem se ama.
Não a culpo, pois sei onde errei, mas o mais importante eu tenho: amor, e por esse amor, todos os dias morro um pouco mais de tristeza e solidão, pois a unica companhia capaz de aquietar esta angústia que sinto é a tua presença.
Mas minha esperança se renova em pequenos deslizes que tens, pois te questionei: - Um dia poderemos ser novamente? - Disseste que sim.