Eis que lanço agora o meu olhar eletrizado sobre a cidade em escombros, enquanto tento esconder ofegantes suspiros digitais. Crio metáforas aterrorizantes diante do abismo insólito que se me abre o tempo, tempo que insiste em me intimar a comparecer diante de uma realidade desconhecida.
Agora, eletrizo os suspiros, enquanto digitalizo o terror impalpável, implacável, pressentível, insólito. Não me pergunte o que fiz de mim enquanto sonhava com o futuro, esse tempo incerto e distante que pelo menos no meu caso, coincide com a tecnologia digital, raio lazer. Meras referências outrora inexistentes, que nos servia de sinais futuristas, aos quais se associavam homens voando, desintegração do átomo, telefone sem fio.
Houve um tempo em que o futuro seria o ano 2000, até então referência temporal abstrata inatingível, do bug, do Armageddon, Juizo Final...
O ano 2000 passou e o que parecia inatingível, inviável, improvável formava o conjunto de referências com as quais se idealizavam o futuro. Seria um tempo distante, mas que hoje coincide com um longo passar de tempo, do que me ocorre uma visão concreta das incontáveis vezes que ouvi as pessoas dizerem “feliz ano novo e feliz aniversário”... Foram tantos, que hoje é fácil imaginar o tanto de voltas que terra deu em seu próprio eixo ou em volta do sol.
É de se crer que muito tempo tenha transcorrido e isso é fato. E hoje, o que se vive, é pelo menos para mim, o que seria o dito novos tempos, uma pretensa nova era que no pretérito deram de chamar futuro.
Tudo isso, hoje, não passa de um insípido e enfadonho gerúndio. Eis pois, que de tão gerundial a vida e de tão inconsistente a espera, desembarquei, pois, no futuro sem saber que o era, com a ousadia de um esteróide em queda livre, porto para destruir minha aldeia...
E assim, com o olhar eletrizado, entre suspiros digitais essa minha explosão interior não passa de uma metáfora aterrorizante com a qual tento enfrentar meu abismo insólito, minhas paixões reticentes, impulsos contidos....
Quanta a alegria a vida me deve!
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Como escrevo...
" num me atenho a regras
deve ta cheio de erros
de gramatica
ortografia
e coisa e tal..."
... mas escrevo como falo
falo como respiro
respiro como canto, por muito desafinado,
e tudo isso segundo as batidas de meu coração
que por vezes bate forte
ligeiro
por quanto alegre.
Mas também sabe ser triste, calmo paciente e obediente.
deve ta cheio de erros
de gramatica
ortografia
e coisa e tal..."
... mas escrevo como falo
falo como respiro
respiro como canto, por muito desafinado,
e tudo isso segundo as batidas de meu coração
que por vezes bate forte
ligeiro
por quanto alegre.
Mas também sabe ser triste, calmo paciente e obediente.
Da saudade, um plágio incompetente...
Ainda guardo todos os presentes, momentos, e vidas que passei ao teu lado. Em uma caixa com a cor de fundo de uma pintura barroca onde anjos querubins tocam com flechas o amor perfeito. Porém guardo longe de mim, escondida na poeira que a solidao de tua ausencia me traz a alma. Perdida no armário de meu coração que espera impaciente e angustiado para expressar a ti meu amor, mais um vez.
Aceita a realidade, me azeite o pecado com o perdao, pois se te abandonei foi por medo de te perder. Se hoje volto a ti é com a certeza de que nunca te deixarei novamente...
Dedico estas a Evannia que também sofre em reverencia a "Da saudade."
Aceita a realidade, me azeite o pecado com o perdao, pois se te abandonei foi por medo de te perder. Se hoje volto a ti é com a certeza de que nunca te deixarei novamente...
Dedico estas a Evannia que também sofre em reverencia a "Da saudade."
Assinar:
Postagens (Atom)