quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sofista

Sou sofista, rude e cheio de razão,
razões para que julguem o mundo justo,
premissas para que a dor seja um pouco mais suportável,
me diz a tese e dentro de uma rede de ilusões, premissas lúdicas, verdades transitórias e castelos de papel te interpreto as vontades.
Sou sofista, crente em verdades e mentiras, não preciso dá lógica e da razão, mas sim dos lábios que seduzem a multidão frente ao meu teatro de ilusões.
Sou sofista de mim mesmo, justifico meus sentimentos e analiso meus amores, minhas paixões buscando uma razão de vida em premissas que não sei dizer se são verdades ou mentiras, acordo suado e percebo que sou sofista por incompetência, meu sonho mesmo era ser sofia.

Poema por encomenda...


Teus olhos afogam minha capacidade de resistir a tua lascividade,
luxúria, pecador que sou, fico refém de tuas coxas que passam por mim e enlaçam meus pensamentos sedentos de prazer, conjugas comigo verbos que não tenho coragem de escrever... luxuria... desvairada percebo em ti uma brecha, caminho, sinuoso e cheio de orvalho...
 uma gota de orvalho percebo na rosa, e desbravo mata virgem para colher em uma clareira a delícia de um anjo, voz de anjo , teu rosto de anjo, quando da carícia de meus beijos...
Trim... Trim... Trim...
O despertador me acorda... mais um sonho contigo...
prazer...
saudade...

O que eu gosto mesmo...


O que gosto mesmo é de ficar a toa, olhar o céu e imaginar figuras de nuvens, de encarar uma planta sem pretensão de entende-la no todo mas simplesmente perceber sua beleza, de gozar sua beleza, sem entende-la em sua plenitude...
ha o amor, se isso não é amor... o que é amor então!?
O que gosto mesmo é de divagar em meus pensamentos, a olhar teu rosto lindo, ha ver o passeio de um dia de sol em uma praia qualquer...
se fosse um dia de chuva também seria o mesmo rosto lindo, seriam os mesmo olhos mareados de paixão e a sorrir para mim... eu, você, a praia e a chuva. Mas o que eu gosto mesmo é de ficar a toa, perdido em meus pensamentos, no silêncio de minha alma, apenas a contemplar a beleza do mundo, e a sentir gozo em tudo que há.

"O Sádico"

Meu prazer muitas vezes reside em saber do sofrimento alheio, pois tenho sabido, sádico que sou que alguém sofre, talvez tanto quanto eu...
alguém sofre...
alguém sofre, sofro, então me vem, vai embora aquilo que realmente me aflige a alma...
a solidão,
tola e covarde, me deixa,
-Me deixa!
Pois não mais tenho a impressão de estar sozinho a enfrentar as dores do mundo inteiro.

Um barco a vagar...


Me sinto assim um barco a vagar... meu capitão olha o timão e sabe que está no caminho certo, mas eu descrente, e sem fé que sou, não conjugo com ele minha segurança e me sinto assim sem norte e até mesmo sem timão... Minha rosa dos ventos brigou comigo, o cravo, saí ferido, e a rosa, despedaçada, a chorar a ausência de nosso amor, briga com a solidão, o relógio e ainda comigo... meu medo é que barco a vagar que sou, de tão distante um dia não reconheça mais a rosa, que um dia não me reconheça mais cravo, mas apenas barco, e não saiba mais amar a rosa, não saiba mais viver cravo, medo de um dia sermos dois estranhos, nem rosa, nem cravo, nem barco, nem relógio.

Efésios 5:1-2

Me enviaram na hora certa...

Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados, e andai em amor, como também cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.