Escrever me acalma a alma, pena que tenho de trabalhar,
bem passaria o dia, sem nada a fazer, apenas vendo o tempo passar, e escutando os pássaros,
os amigos, as confissões, angústias e lamúria, úmidas ou ríspidas, que furam como prego,
ou que evaporam como água de nuvem ao tocar a rio de lava, de vulcão, que escorre para o mar como fio de choro deságua na boca de uma menina tristonha...
suave, calmo, à praia, indômito, feroz, implacável, agressivo,
no oceano, ou mar, morto, como pedra, sem vida que viajou, do centro da terra, aos mais obscuros, e rarefeitos ares da atmosfera, para morrer no fundo do mar.
É quando melhor sinto a pequena morte de cada dia, a pequena morte literal a cultura hindu.
Gozo acidental de quem não pretendia chegar ao nirvana, mas apenas se deliciar com a dança dos dedos sobre um teclado, que canta, mas apenas produz a mesma nota, timbre, e ôco som de "tec, a cada compasso mal dado de um coração sofredor.
O grande poeta disse uma vez "navegar é preciso, viver não é preciso", bem sei que não preciso de nada disso, pois pouco importa a exatidão do viajar, ou a incerteza de nossa grande viagem, mas simplesmente, pratico plágio descarado, indolente, sarcastico, mas ao mesmo tempo "sem cera", ou sincero se preferir, 'viver não é preciso, navegar preciso, pois escrever é indescritível', use esta frase excluindo qualquer oração, e encontrarás verdade, mas deixe de orar, mesmo que ao Deus dos ateus do ''graças a Deus'', que vais ficar inconfortável, vazio, e como diz o ditado de minha terra: ''saco vazio não fica de pé''.