domingo, 11 de abril de 2021

... da mesa ao prato.


Defloro novamente essas pradarias, que são sinceras como o mundo... como o próprio deus...
Que nos escuta... mas nao responde.
Inquieto e insone...
Esguio...
Fingindo calma...
Latente e resiliente como resistencia...
Como um carneiro da montanha, que não olha pra baixo... por medo de crer onde chegou.
Como burrico que não aguenta mais o chicote... a violência... a tristeza indiferente reclamar lugar a mesa.

"...te pego na escola..."

Sussurro ao teu ouvido...
Lindo... dormindo em berço...
Esplêndido... a penugem virou uma bela crista loira e ondulada... que recobriu teus ombros... antes aquecidos apenas pelo meu abraço e calor no tempo em nada tinhas além de meu colo, carinho, afeto.
Um filhote de leão... loiro e selvagem... um raio lindo de sol, que me acordava dia após dia.. me arrancando sorrisos apesar de todo o meu cansaço. E eu so queria voltar pra casa pros teus braços.
Ver aquele sorriso saliente e claro...
Como o raiar de um novo dia.
Me fazendo acreditar, que o mundo poderia ser melhor porque eu estava contigo...
...Te pego na escola, echo tua bola dizebdo o quanto é bonito, doce, digo o quanto teu beijo e teu abraço me seduzem a alma e me fazem perder o chão... pois quando estou contigo sei que posso voar... que ja não sou mais eu... que ja não sou sozinho...
Por que és tão meu...
Tão eu...
E de repente vejo que não foi nada disso...
És apenas rodapé de nota... um poema que fiz...
Um sonho lindo... que tive...
Uma manha linda que me fez ver...
Que apesar de teres perdido o trem... nos encontraremos...
Seremos de novo felizes...
Na última estação.
Pois te carrego em mim... meu amor... meu bem... meu querido... o sonho que não vivi.