quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Pesadelo

Esta' escuro... e a noite, meus pensamentos, devaneiam em busca de algo que não sei se vou encontrar, nem mesmo sei o que procuram esses desvarados caboclos que teimam em invadir a praia de meus sonhos, serão novas batalhas, novos horizontes, novas terras a serem conquistadas, seja o que for, sua ira dilacera em mil qualquer resqui'cio de sanidade que por ventura venha a atravessar-lhes o caminho, são fortes e muitos, gritam e cortam, gemem e ugem, suas dores me fazem sentir compaixão, o sangue que escorre de suas feridas torna rubra e enebria minha vista, chegam a dilacerar meus olhos de tão horrendas as carnes expostas ao sofrimentos por tantos anos. Sinto compaixão, e esqueço de minhas dores, por um curto espaço de tempo e compreendo as dores da corja de assassinos que perseguem seus algozes, peço ajuda, grito como eles em busca de socorro, mas so' o silencio responde as minhas preces. Meu coração bate forte, a angustia me condena os sentidos, de mais nada servem as cabeças aos pe's daqueles homens, sua ira transcende a vingança, sua ira e' o'dio puro, e' apenas desejo, e' apenas fome, vil, sangrenta e torpe. Me resigno a dor, a ouvir-lhes a dor, a sentir-lhes a dor e acordo.