quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Um taxi...

Um taxi...
Por conta de uns goles de cerveja.

Quatro amigos... uma balada...
Um taxista... jornada dupla... e uma noite sem dormir na com o filho no hospital...
Linha vermelha... a vontade de chegar em casa... velocidade... um cochilo... uma curva... a mureta...

Três mortos... dois aleijados...

Nunca mais corri... nunca mais tive o controle de meus pés... nem sequer pés... pois me sobrou apenas um...

Porém, mais triste foi o destino de Antonio... recebeu pelo seguro do veículo... comprou outro taxi...

Repousa em sua garagem... com cheiro e novo... seu cunhado dirigiu até sua casa...

Antonio... nunca.

Antonio só usa onibus e metrô... nunca mais entrou em outro carro... pensar em dirigir outro carro lhe causa crises de pânico... e a culpa lhe corroe a alma... a sanidade... lhe torna a vida algo semelhante a tortura...

Não piso com os dois pés... não ando com um após o outro... mas minhas rodas giram... me levam onde quero... ao contrario das rodas do carro de Antonio...

Aleijadas... tal qual o dono.