quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Passado sofismático...

Vivi por muito, rodeado de sofismas,


criados decorrentes de uma vida tola,
como qualquer sofista da grécia antiga,

sem derradeiros fins, apenas com derradeiros meios,
que me obrigavam a criar sofismas de acordo
com vontade minha e do mundo.
Tecia sofismas delgados e frágeis,
como fios de seda feitos de açúcar,
que ao menor sinal de calor ou toque,
desvirtuavam a existência,
pois sabiam que nada provavam ou explicavam.
Hoje desisto da profissão de advocata,
não explico mais aquilo do qual não faço parte,
nem defendo contendas sem motivo,
vivo ciente de que agora estou em paz,
não preciso mais justificar nada,
pois não acredito mais,
apenas creio.