Me entra um homem,
maltrapilho,
sujo,
xeirava mal,
cabelos por cortar, e barba de mendigo.
Tenha um chape'u de massa,
velho como o dono,
este que ja' beirava os sessenta.
Senti o fe'u de seu gosto antes mesmo de beija-lo,
o que me fez sentir nausea.
Acostumada, com os diveros,
tipos que adentravam a privacidade de meu camarim,
lembrei de minha capacidade de me abstrair,
de minha cortês, venal e vil realidade,
ao amar como vênus, tais personagens.
Seu membro tinha um odor repugnante,
e gosto que faria a opção de lamber a de um cavalo,
muito mais atraente.
Sua pele desbotada,
com pelos,
com alguma cicatrizes e hematomas, me chamaram a atenção.
Sua barriga saliente apesar de seu corpo magro,
denunciava os males que seus ha'bitos he'brios e cevados,
compatillhavam com aquele ha'lito nojeno.
Seus poucos dentes, podres, sujos, encerravem a conta que teria de pagar em recompensa diante do metal que me apresentou.
Entrei em outra dimensão, e não recordo mais o que aconteceu,
so' acordei de meu sonho,
quando tal desejo, encontou a porta, quando ja' raiava o dia.
Ao lado de minha cabeceira,
uma rosa,
um bombom, quase tão doces como o de uma carta que tambem ali' fora deixada.
Hoje espero o dia em que a,
esperança que cresce,
Ao perceber, que talvez, quele sim fosse homem, a me resgatar dessa sina,
seria, o um dia sonhei para mim.