sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

É Natal...

25 de Dezembro de 2009,

Neste dia tão especial, Jesus de Nazaré, O conhecido no dia de sua morte como, I.N.R.I.

(Jesus Nazareno Rei dos Judeus), nascia em um celeiro, filho de uma Maria como tantas outras

que existe neste Brasil, filho de um José como tantos outros que existem neste mesmo Brasil.

Não poderia ser diferente, nasceu homem como qualquer outro, foi colocado em uma manjedoura,

usou-a como berço, pois sua Maria e seu José não tinham recursos para pagar uma hospedaria,

como muitos outros do nosso Brasil e do nosso mundo. Hoje o mundo ainda tem fronteiras, no

entanto em razão de suas acções, de seus ensinamentos e mais importante, de seus exemplos

parábolas e de nos chamar de irmãos, filhos de Deus, o mundo hoje só se separa em virtude da

ignorância dos homens que mal interpretaram todos seus ensinamentos. Dentro do próprio

Cristianismo, existem diversas vertentes, que acreditam ser donas, cada uma, de uma verdade,

mas esquecem que o professor foi um só... É preciso no dia de hoje acreditar em tudo que ele

disse, no principal, que somos todos irmãos, se acreditarmos nisso e esquecendo as

diferenças nos concentrarmos naquilo que nos une, seremos mais felizes, pois as barreiras se

derreterão perante o calor de nossos corações e da esperança de um mundo melhor que foi

plantada a mais de dois mil anos há trás, por um homem que andava entre os homens, que comia

como os homens, que bebia como os homens, mas diferente dos homens tinha fé na humanidade e

em todo o seu potencial de superar as diferenças e cultivar nas existências mútuas, na

obrigação de com partilhar essa jornada em um mundo único e indivisível. Pois por mais

barreiras que os homens construam entre irmãos, familiares, inimigos, estrangeiros, a

esperança e a fé deve estar centrada em um único objectivo, faço uma paródia das palavras de

Marx: "Senhores, senhoras, infantes acreditem em si, acreditem nos outros: uni-vos", e assim

o céu pertencerá a todos nós...

Antonio Moraes e Antonio Moraes Filho

Dedicatória: A todos os amigos que com partilham connosco e com nossa família o espírito

natalino, desejamos também um feliz ano novo, próspero e com realizações que vão além da

matéria, transcendem o espírito.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Mais uma frase...

Frases
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"Amanha o sol reluz novamente o que me espera neste novo dia e o que o dia espera de mim?"
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Mais uma vítima da fama...


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Veja também o video clip gravado pra esta música no Brasil, com o Olodum, detalhe ótimo. Para isso clica no link abaixo. E se tiver um tempinho a mais leia a crônica abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=mwQFGZ0bFbs

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Crônica
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Morre mais uma vitima da fama. Michael Jackson, não morreu por erro médico. Morreu por falta de amor. Amor paterno, pois o pai o tratava como um escravo e a obsessão dele pela perfeição o levou muitas vezes a cometer crimes contra Michael que o levaria hoje para cadeia para nunca mais sair. Falta de amor próprio, pois Michael nunca se amou, ele se satisfazia em se sentir amado pelos fãs, na tentativa de suprir a falta de amor que sentia por si mesmo, fazia tudo por outras pessoas e animais em busca de um mundo perfeito, essa era a ideia de 'Neverland'. Tudo em função de ter a sensação de se sentir amado. Por fim falta de amor da pessoa em quem confiou sua vida, um mercenário que não se importava com a saúde dele e sim com o que receberia no fim do mês. Bem esse é o pouco de muito que tenho a dizer sobre Michael o "Rei do Pop".

Nome: Michael Jackson
Vulgo: "Rei do Pop"
Causa mortis: Fama
Doença de base: Falta de AMOR

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Mestres e amigos... (Dr. Cláudio Augusto)



Vídeos
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Neste post está um grande exemplo da capacidade de um jovem e promissor artista pernambucano: Dr. Cláudio Augusto Monteiro Filho, Clínico Geral do HOF, o maior centro de trauma de Pernambuco. Bem além de um excelente médico e amigo, é também uma promessa da arte cinematográfica do Brasil, tenho certeza que concordarão...

Meu Vovô Pêdo

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Pêdo Café
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Pedro Santino de Carvalho, um dos homens mais sábios, se não o mais sábio que conheci, amigos pra sempre voinho...

Meus Antepassados...

Avô
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Acredito que já escrevi neste blog sobre um de meus antepassados, talvez aquele com quem mais convivi nesta passagem carnal por esse mundo de dor. No entanto, há outro que apesar de não ter recebidos muitos ensinamentos, pelo menos não passados de forma verbal ou escrita, foi em definitivo aquele que mais me definiu como ser humano. Uma vez que ele foi responsável pelo maior ensinamento que meu pai, Antonio Oliveira de Moraes, adquiriu neste mundo, nesta passagem: SER DIGNO. Para quem não sabe consta no dicionário, que ser digno é apenas o direito de indignar-se. Pois bem não é o fim nem o meio deste blog explicar, ensinar ou qualquer outra coisa então façam por si só suas pesquisas. Bem nesta postagem falo de Manoel Ferreira de Morais, pai do meu pai, meu avô. Lembro dele no dia de aniversário de sua passagem aos campos santos, 13 de Dezembro de 2009, data em que foram escritas estas reles palavras. Bem anexo a este post, uma foto dele comigo e ao fundo um de nossos senhores, Jesus Nazareno Rei dos Judeus. Um grande abraço a todos pois tenho que correr para celebrar, celebrar sua existência e tudo que aprendi por ele ter com partilhado neste mundo tudo o que pode com partilhar, celebrar a vida de seu Leu, meu avô, meu ancestral...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Os Piratas da Modernidade



Crônica

Por que os piratas que existiram a mais de séculos ainda são vividos revividos e idolatrados até hoje? Simples eles eram subversivos, não aceitavam sem lutar as regras que eram impostas pelas sociedades mais ricas que dividiram os mares do mundo da mesma forma que lotearam as terras da África, Ásia, Oceania, América e até mesmo a própria Europa no pós guerras, sejam elas desde a roma antiga, segunda guerra mundial ou guerra fria. São heróis da resistência. Eles lutaram muitas vezes sem conhecer sequer um dos ensinamentos de Sun Tzu em A Arte da Guerra por livros mas aprenderam com seus corações que não se pode aceitar uma lei que não sirva a população mas sim apenas a uma classe de privilegiados. Por serem em menor número, menos preparados, menos armados e menos intelectuais, tinham de sobreviver a uma guerra travada e vencida muitas vezes na base do instinto, violência, covardia, deslealdade e características que não são inerentes a herois que em todas as histórias são vistos como na mitologia grega: filhos de deuses condenados a viver em um mundo sem entender por que foram renegados a segundo plano quando acreditavam que também mereciam viver no Olimpo. Isso são piratas, cidadãos de segunda classe. Assim como bandidos conhecidos muitas vezes por sua violência, ausência de consciencia, perversão e uma caracteristica que abala qualquer homem, ausencia de dignidade, que para quem não sabe é o direito de indignar-se, traduzo essa opinião com uma história que me é bem próxima: Lampião, o maior cangaceiro do nordeste e maior expressão da resistencia armada contra os desmandos dos dirigentes do Brasil, nada mais era que um homem que não tomava cachaça, só uisque importado, não fumava os tradicionais fumos de rolo produzidos em abundancia nas serras nosrdestinas, não fumava cigarro de palha, mas sim fumos importados refinados e que deixariam qualquer aristocrata com iveja, licores só dos melhores, não eram um homem de autoridade, mas um homem autoritário, um sanguinário. Não acredito que comparar Lampião com o famoso Robin Hood, que tirava dos ricos para dar aos pobres, deveria passar pela cabeça de alguém que tivesse o mínimo de bom senso, Lampião roubava, matava e usufruia do seu poder de comandante de maneira doentia e até mesmo psicótica. Mas vamos e convenhamos pessoas hoje nascem com todas as facilidades da vida moderna e terminam em psiquiatras, para curar pequenos traumas, ou em cadeias quando não procuram ajuda a tempo. É comum no Brasil depois que alguém morre seja santificado, lembro então de uma piada:

Estavam a mulher e o filho no velorio do pai da família, muitos se acabando em lágrimas e na hora do discurso ninguem se pronunciou a dizer as ultimas palavras antes de das a parte que cabia do latifundio do defunto. Então o padre decide começar a falar sobre o João de Deus como era conhecido. Iniciou o discurso dizendo: Jão, para os ínstimos, era um homem de fé, caridoso, não conseguia ver amigo passando necessidade que saía em seu socoro, como filho trouxe só alegrias aos seus finados pais que hoje tem a oportunidade de reencontrar esse belo fruto que deixaram na terra apenas para servir aos homens e a propagar a mensagem do Cristo, como marido não há o que dizer, sua esposa está aqui e é testemunha que nunca lhe faltou nada, nem amor nem carinho, nem paz enquanto esteve ao lado de seu fiel e abnegado marido, seu filho hoje com apenas cinco anos não teve a oportunidade de se tornar homem na companhia do pai mas os ensinamentos que este santo homem lhe deixou vão lhe acompanhar e torna-lo um homem tão bom quanto ele, e seguia o padre rasgando elogios ao finado por mais de 30 minutos, quando estava finalmente na hora de joão de deus passa a comer a terra que jogavam em seu caixão a viúva discretamente se dirige ao filho de cinco anos e pede-lhe um favor: Meu filhinho me faz um favor antes de enterrarem este santo vai ali perto do caixão e vê se é seu pai mesmo que tá aí ou se viemos no enterro errado.

Bem mas voltando ao enredo destas mal traçadas linhas, lembro que Virgulino Ferreira da Silva, com menos de sete anos de idade teve sua casa invadida por macacos, termo usado antigamente para descrever militares, que deferiram sem aviso algum tiros contra seu pai, sua mãe, seus irmãos e irmãs, naquele dia a ordem era que ninguém saísse vivo da casa de taipa que abrigava a família Ferreira, mas quis deus que por ironia do destino um pequeno garoto franzino que nem sequer entendeu o porque foi privado de sua família fosse protegido por sua mãe de um tiro que seria fatal, deixou então de ser menino, de ser Virgulino Ferreira da Silva, e a partir daquele dia se tornou, o Lampião, o maior cangaceiro, o homem que percorreu o nordeste e era como uma tempestade precedido por medo e cheiro de sangue emorte antes de adentrar em uma cidade, Sartre disse uma vez que o que importa não é o que a sociedade faz do homem mas o que o homem faz do que a sociedade fez dele. Talvez o Lampião se tivesse tido o mínimo de ajuda para superar o trauma, não tivesse se tornado o sanguinário que foi, mas infelizmente o "se" não se aplica a realidade da vida, apenas o "foi", afinal se vivermos a vida pautados em algo que podia ser e não fui estaremos fadados a viver na utopia, e desperdiçando assim o milagre que nasce junto com o sol de cada dia.

Lampião vingou-se de tudo e de todos atém mesmo de si mesmo, mas acredito que sua pena no purgatório evoluiu rapidademente com a progressão de pena, pois como o mestre Ariano Suassuna descreveu no Alto da Compadecida: "... Virgulino você não precisa defender João Grilo, ele foi instrumento da cólera de Deus contra a opressão sofrida pelo povo nordestino, meu filho (referindo-se a Lampião) disse que ele poderia se dirigir a direita que ele estava salvo...), bem literatura a parte ninguém pode afirmar plenamente que Lampião já foi absolvido por seus pecados mas uma coisa é certa, o mesmo Jesus negro que o absolveu e que segundo Chicó "...era escurinho pois o Céu ficava lá pras banda da Bahia..." sofreu umilhação que daria piedade e compaixão suficiente a qualquer pessoa comum para perdoar o mais mortal dos pecados de alguém que teve sua vida ceifada antes mesmo dela começar.
Bem mais o intuito dessa crônica não é de tratar de peronalidades, defender, inquirir ou julgar alguem que dispensa julgamentos e que não esta entre nós para se defender e sim de tratar de algo muito mais enraizado na nossa sociedade do que a historia de Lampião.
Pirataria, o ato de assistir um filme pirata, para muitos hoje é um crime que não tem perdão, vivemos na sociedade da intolerância, e se você não tem dinheiro para usufruir da arte você não é digno dela. Bem a sétima arte nunca foi tão popular desde que os fundos arrecadados por filmes produzidos no esterior foram desciados para um grupo de criminosos que não atuam em função de uma ideologia e sim em função de uma lacuna na sociedade, pode -se comparar a pirataria com as drogas, o crime organizado, o jogo ilegal, o tráfego de armas, o contrabando de produtos importados, sim podemos, mas como diria Che se fosse defender a pirataria : "Si pirateamos? pirateamos! Se continuaremos continuaremos a piratear? Si continuaremos a piratear!", bem Chê não está mais entre nós e quem para uns poucos pobres ('campesinos' como o próprio doctore argentino hablava) que eram massacrados pelo exercito de Batista em Cuba era um herói, e para outros que eram soberanos mundiais do consumo era um terrorista, podemos ver que toda história teve dois lados. Nenhum meio de comunicação tem coragem de fazer uma pesquisa indagando o cidadão quantos filmes ele assistia por ano a 20 anos passados e quantos ele assiste hoje e o motivo desta covardia é que seria reconhecer que a pirataria de filmes assim como a tipografia de "Gutemberg" popularizou como os livros a sétima arte, mesmo assim tenho um conselho pra você amigo que desfruta da sétima arte em função da pirataria, não se preocupe, a liberdade está do nosso lado, quando a fiscalização do Brasil for suficientemente forte pra reprimir de maneira irreparável o mercado da pirataria, já será o tempo que não precisaremos criar provas como contra nós mesmos, pois quando este dia chegar, termos conexões de internet populares de alta velocidade, e será possivel baixar um filme em menos de 30 minutos com qualidade melhor que a do DVD. E o melhor de tudo sem ao menos precisar sair de casa para faze-lo. Então paciência irmão a ciência está do lado da cultura e a cultura sempre estará ao lado dos cidadãos de bem.

Sem mais,

Antonio Mooraes Filho

Fumando - Parliament
Bebendo - Café com leite
Ouvindo - Chico Science 'Banditismo por uma Questão de Classe'
Assitindo - Orquestra Manguefônica 'ao vivo'