Revivo e vivo em claro torpor de uma mente sonhadora, romantica, "novélica".
Como claro medo de se fazer parte de um mundo em que todos correm contra o relógio,
a favor das próprias certezas,
crenças inexoráveis,
de razões ignóbias e frágeis,
cujo esteio são fundações em areia,
com pilares de massapê,
em meio a torrente que reúne a montante,
todos os sonhos dos homens.
Mas mesmo assim não desisto de sonhar,
mas não traço metas,
pois minha meta nada mais é do que um ponto,
num plano de reta,
pois dois pontos são apenas uma reta,
tal qual motocicleta que não sabe ser guiada, a não ser por aquele,
que descobre que contra gravidade luta,
e teima em dizer, que dois pontos podem ser um plano,
ficar em pé,
não ser apenas uma reta,
mas um vetor, que indica,
daqui pra lugar nenhum.