quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O despertar de um gigante...

... O despertador toca...
ele vacila ao despertar de um sono longo...
titubeia em abrir o olho e contemplar o horizonte com o sol a invadir a tão esperada madrugada e romper a vontade dos homem com tão bela resplandecente alvorada.
      O sol brilha forte, castiga seu rosto, o gigante não consegue mais se conter e esboça novamente um cochilo mas não se contem com a vontade de levantar e gritar de raiva e com ódio nos olhos saltar, pegar o sol na mão e esmurra-lo até que ele peça água..
  Mas mesmo para ele que é um gigante o sol é muito distante, alto demais, só não é mais alto que a sua vontade de crescer e de se tornar além de um gigante, um gigante são sábio, maduro, e prudente, reconhecido por todor os outros gigantes, e não só por aqueles mais pequeninos que dependem dele, usufruindo de sua sombra enquanto crescem...
  o gigante sabe que levantar é preciso, pois a manhã talves não de outra chance, e o sol se ponha antes que ele tenha chance de mostrar seu valor, mas mesmo assim ele sede a preguiça, não a preguiça mazela, defeito, mas aquela inerente ao sertanejo, vitima da fome, desnutrição, e que na realidade não é preguiçoso, apenas é sábio ao guardar as força provenientes do almoço, algo mistura de farinha e rapadura, pois não sabe ele quando terá outra chance de usufruir de tamanha fartura.
             O gigante sabe que um dia aproveitara os churrascos do sul de sua terra, os peixe e carnes de caça do pulmão do mundo, provará o suco de soja dos planaltos centrais e aproveitara toda culinaria do mundo nos arredores da estação da luz e depois da cesta, banhara seus amores na princesinha do mar depois do metrô alcançado na estação central, na central....
   Esse gigante curte a calma, tem espirito de poeta, bohemio, dormiu tarde curtindo as musicas de Noel... e talvez, quem sabe, a ressaca mesmo que moral, o retarde com tanta veemência e o impeça de compelir sua mania de brigar com o o despertador e insistir em martela-lo com sua mão bruta, gigante como seu corpo, mas que tem candura, e sabe fazer carinho e amor como nenhum outro gigante, pois carrega no coração amor, o sentimento que precisa para viver, aliás a única entidade que não pretere por nada, pois sabe que "...sem amor / nada seria..." ....
Pois é no bolso de seu paletó de linho branco, amassado e surrado em decorrência dos excessos do dia anterior guarda uma carteira de couro de bode, tratado para combater o odor caracteristico, e que traz uma cédula de identidade que apresenta sua data de nascimento, meio apagada pelo tempo mas se nao me engano lê-se: 21 de Abril de 1500, seu nome Brasil, e ele vai acordar pois sabe que a hora não vai chegar, ela chegou, e que apesar das dificuldades, há de vencer pois como todo brasileiro, tem fé em deus e em nossa senhora aparecida, da conceição, do morro da conceição, e por seu nome ser Brasil, algumas vezes com "zê", mas sempre "BRAZIL", MAIÚSCULO, gigante, continental e puro, pois recêm nascido é ingênuo... esperto, malandro e mesmo assim ingênuo, puro, uma dicotomia de qualidades e defeitos, pois é uma mistura de vontades democráticas e muitas vezes sem nexo... mas tal qual a máxima, nova como o fenômeno, nova como o gigante adormecido em berço esplêndido: Brasil é e diz a si mesmo todos os dias "Eu sou brasileiro e não desisto nunca."