Ciente da dor que causei, meu amor,
Meu coração clama por teu perdão.
Em cada lágrima que agora rola,
Vê o arrependimento que me inunda,
A angústia que me consome e me controla.
Sei que palavras são leves como brisa,
Diante da mágoa que em ti reside.
Mas juro, com a alma nua e desprovida
De orgulho, que meu erro foi falha atroz,
Um desvio do amor que sempre me guia.
Perdoa-me, meu bem, por te ferir assim,
Por manchar a pureza do nosso altar.
Pois cada dia longe de ti é um fim,
Uma escuridão que insiste em me cercar,
Um vazio que nada consegue preencher.
E neste instante de dor e de verdade,
Renovo a jura que um dia te fiz.
Meu amor por ti é eterna lealdade,
Uma chama que nunca terá sua raiz
Arrancada, jamais, pelo tempo cruel.
Que sejas o ar que eu respiro, a luz,
O sol que aquece, o porto onde aporto.
Por toda a vida, serei teu, e que a cruz
Que carregamos se torne um novo conforto,
No eterno abraço de nossos corações.
Aceita, por favor, este meu clamor,
Esta súplica sincera e sem disfarce.
Em cada batida, juro eterno amor,
Que nada neste mundo nos separe,
Que sejamos um, até o fim, e além.

