quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Meu amor...

Meu amor,
Não faça assim,
Seu egoismo, sua magoa e seu orgulho hão de terminar por me levar aos braços de quem não me ama,
e estando nos braços de quem não amo, continuaremos ou seremos infelizes: eu, você
         [ e aquela a quem sempre chamar'as por outra,
quando do momento temperado por co'lera: de pu... pu... pu... pu... pu...
pu'blica.
Perdão,
         [ não cabe em meus versos todos os dez temperos que usas para condimentar nossas brigas e as reputações alheias.

Me sopram ao ouvido a brisa da madrugada...


"Se no amor hoje distribuo as fichas, no jogo reu'no todas elas e aposto no nu'mero mais incerto... teimosia ou fe... a roda viva ja' esta' a girar."

"Sonhar e' o limite, para quem sonha não ha' limites."

sábado, 26 de novembro de 2011

Nem tão pouco o homem...


Tento sempre o melhor... mas a satisfação nunca fez parte de meu dia, tão pouco de minha noite... meu sono não conhece a paz, o contentamento, a ternura da consciencia tranquila e dever cumprido... seguem em angustia, pois sempre tenho a sensação de que podia ter feito diferente, ter feito a mais, ou simplesmente de que poderia ter feito algo. Descontente, comigo, com o mundo, pelo mundo ser tão complicado, por não lhe entender em sua plenitude. Quantos segredos estão embaixo daquela pedra que de tão distraido me recusei a parar para levantar? Quantos segredos esconde o sorvete que deixei de tomar na tarde de hoje? Quantas verdades poderiam ser escritas, mesmo que um dia se tornem mentiras, se me deixaste te conhecer melhor. Sei que o rio em que se banha o homem nunca sera' o mesmo rio, nem tão pouco o homem.

Mais uma do Manduca...

"HODIE"!

A cor sépia que tinge minhas lembranças vive a me intimar para o futuro, sempre a me cobrar que existem apenas dois dias na vida em que não se pode fazer nada: ontem e amanha. Portanto, sei que apenas hoje é que o amor pode acontecer. Na ilusão do amor, adorno minh’alma, ativo neurônios, acumulo esperança. Num ritual medieval, escolho roupa, perfumo o sexo, faço simpatias, mastigo cravo, tiro um cochilo à tarde para sonhar com Afrodite - a deusa do amor e me deixo levar pelo afã de saciar um anseio. Ainda que disfarce, deixo visível a esperança de me encontrar comigo na plenitude do amor. Tento resgatar a memória da paixão, do gosto do beijo... Tento. E tentar me alivia, me conforta... Perdida a ilusão do ontem, me reedifico, posto que amanhã é o único dia que pode virar hoje.
E assim, quando hoje chegar e a cor sépia que tinge minhas lembranças voltar a me intimar para o futuro, orarei para Santo Expedito - o santo das causas justa e urgentes, e direi “hodie”, repetindo sua fala diante do corvo que tentou adiar seus planos.

Tio Manduca

Destilar tristezas...

"Me deves mais, me deves as la'grimas que teria derramado se não fossem as doses que bebi para destilar a tristeza."

O beijo pode durar uma eternidade...

"O gosto do beijo pode durar uma eternidade."
Tio Manduca
"o gosto do beijo, o beijo, queima tal qual chama, vivo, não se sabe quando vai findar, tão pouco quando se mudara das vilas da lembrança para o vale do esquecimento. Fugaz, efêmero, gosto do gosto do beijo, pois mais triste que chorar a saudade dos la'bios, seria atravessar a vida sem desfrutar do parai'so que foi te beijar."
Antonio Moraes Filho

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sono dos Diabos...

Acordo no meio da noite... o corpo dolorido me denuncia a agitação...
um anjo me olha através de seus óculos e me pergunta se dormi bem...
respondo que com os diabos e pergunto o que ele faz a vigiar meus sonhos, pergunto se não há o céu para defender de uma legião de demônios ou uma vida para salvar em uma catástrofe ambiental... ele responde que sua tarefa hoje é vigiar meu sono dos diabos... reluto e peço que vá embora... ele mais enfático que eu, suspira e diz que vou dormir logo... quando isso acontece, só escuto ele dizer: -Vou te vigiar a noite inteira... e quando com os diabos lembra de mim em teus sonhos...
Acordo, tomo café, fumo um cigarro, e vou trabalhar...
Onde estará o anjo que vigiou me sono? Bem que ele podia me vigiar o dia...

sábado, 19 de novembro de 2011

Paz e amor

A prancha me olha de lado,
ela sabe que o mar não esta pra onda,
a brisa bate em meus cabelos, na prancha, sopra areia em meus olhos, que protegidos por minhas lupas nem se queixam,
o sol ti'mido entre nuvens sacia minha fome de luz, cravejo no mar minhas vontades, meus desejos e encaro a prancha novamente...
que bom que o mar esta' calmo, que bom que a brisa que sopra so' tem forças para levar a a areia, que bom que o mar esta' tranquilo, pois meu coração anseia tranquilidade, paz e amor.

Os olhos de jabuticaba...

Os olhos de jabuticaba que ontem brilhantes, de amor, desejo, e querer...
Que choraram por meus medos,
hoje me fazem chorar.
E as meninas dos olhos de jabuticaba, me pergunta por que?
Caso soubesse responder, saberia onde esta o problema, saberia qual o problema, deixaria de ser problema seria solução, seria feliz, seria contente...
estou triste.

Abrir a porta


Preciso sair.. me angustia o fato de ter de abrir a porta... de saber que la' fora estou desprotegido, la' fora estou a mercê de opiniões, de du'vidas, da sorte e do acaso... pânico... medo... o desconhecido me aflige... me falta coragem... minha opinião, vacila e me diz... não saiu ontem? nada aconteceu... não tenha vergonha... não tenha medo... vem, toma um pouco de sol... bronzeia tuas vontades e exprime teus sentimentos... crê que o dia vai ser lindo... te olhas no espelho e realiza quem realmente e'...
A insegurança sai de meu peito toma um pouco de sol... vai ao carto'rio e muda seu nome para coragem. Abro a porta e saio...

Amar verbo intransigente

Me perco na transitividade do verbo amar,
não seria ele intransitivo?
ou seria intransigente?
Dizem ser o amor altrui'sta,
sera' mesmo!?
entao por que sera' que se sofre por amor?
sera' por não se saber amar?
o verbo e' transitivo quem ama ama algo e ponto final,
o verna'culo não pede que este algo ame algue'm...
então tudo bem,
ate' por que nunca terei certeza se realmente me amas, isso pois amor e' sentimento e so' sente quem ama e so' ama quem sente...
então sinto muito... vou continuar te amando e serei intransigente a ponte de não me importar se me amas.
E' o verbo amar e' intransigente.

Gostaria de saber como amar...

Gostaria de saber por que as pessoas amam...
gostaria de saber como as pessoas amam...
gostaria de saber como amar as pessoas...
gostaria de saber como se deixam amar...
gostaria de saber como amar pessoas...
gostaria de saber como me deixar amar...
gostaria de saber como amar...

Drumond...

João amava Claudia,
que amava Felipe,
que gostava de Carla,
que era apaixonada por Pedro,
que amava Ricardo...
que amava Patricia,
que amava Priscila,
que curtia Roberta,
que gostava de João,
que não amava ningue'm...

A menina dos olhos de jaboticaba...


Você me olha com seus olhos de jaboticaba, orvalhados, e entre uma garfada e outra pergunta rindo como criança que pede presente em carta a Noel...
-Quando me pediras em namoro?
Reticente... em minha, tal qual um relogio sem corda que luta desesperadamente para que o ponteiro atinja o proximo segundo, penso com meus botões:
"Eu não ja pedi!?"
"Não foi naquele beijo!?"
"Não foi daquela vez que chorei confessando meus medos e angustias!?"
Viver novamente tudo o que se passou... angustia... medo... saudade.
Acho que nunca mais batizarei amor algum... mas amarei... amarei ate a ultima gota de sangue deixar de viajar em meu corpo... ate que o ultimo suspiro... derradeira despedida deste mundo revele realmente a que vim e para onde vou...
esse ultimo suspiro sera para ti e para todos que amei, a todos que continuarei amando, a todos que conseguiram vencer meu medo de me deixar amar...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Poeticamente e' claro...

Respeito seus limites... mas o que eu quero mesmo e' invadir todos os seus espaços."

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sofista

Sou sofista, rude e cheio de razão,
razões para que julguem o mundo justo,
premissas para que a dor seja um pouco mais suportável,
me diz a tese e dentro de uma rede de ilusões, premissas lúdicas, verdades transitórias e castelos de papel te interpreto as vontades.
Sou sofista, crente em verdades e mentiras, não preciso dá lógica e da razão, mas sim dos lábios que seduzem a multidão frente ao meu teatro de ilusões.
Sou sofista de mim mesmo, justifico meus sentimentos e analiso meus amores, minhas paixões buscando uma razão de vida em premissas que não sei dizer se são verdades ou mentiras, acordo suado e percebo que sou sofista por incompetência, meu sonho mesmo era ser sofia.

Poema por encomenda...


Teus olhos afogam minha capacidade de resistir a tua lascividade,
luxúria, pecador que sou, fico refém de tuas coxas que passam por mim e enlaçam meus pensamentos sedentos de prazer, conjugas comigo verbos que não tenho coragem de escrever... luxuria... desvairada percebo em ti uma brecha, caminho, sinuoso e cheio de orvalho...
 uma gota de orvalho percebo na rosa, e desbravo mata virgem para colher em uma clareira a delícia de um anjo, voz de anjo , teu rosto de anjo, quando da carícia de meus beijos...
Trim... Trim... Trim...
O despertador me acorda... mais um sonho contigo...
prazer...
saudade...

O que eu gosto mesmo...


O que gosto mesmo é de ficar a toa, olhar o céu e imaginar figuras de nuvens, de encarar uma planta sem pretensão de entende-la no todo mas simplesmente perceber sua beleza, de gozar sua beleza, sem entende-la em sua plenitude...
ha o amor, se isso não é amor... o que é amor então!?
O que gosto mesmo é de divagar em meus pensamentos, a olhar teu rosto lindo, ha ver o passeio de um dia de sol em uma praia qualquer...
se fosse um dia de chuva também seria o mesmo rosto lindo, seriam os mesmo olhos mareados de paixão e a sorrir para mim... eu, você, a praia e a chuva. Mas o que eu gosto mesmo é de ficar a toa, perdido em meus pensamentos, no silêncio de minha alma, apenas a contemplar a beleza do mundo, e a sentir gozo em tudo que há.

"O Sádico"

Meu prazer muitas vezes reside em saber do sofrimento alheio, pois tenho sabido, sádico que sou que alguém sofre, talvez tanto quanto eu...
alguém sofre...
alguém sofre, sofro, então me vem, vai embora aquilo que realmente me aflige a alma...
a solidão,
tola e covarde, me deixa,
-Me deixa!
Pois não mais tenho a impressão de estar sozinho a enfrentar as dores do mundo inteiro.

Um barco a vagar...


Me sinto assim um barco a vagar... meu capitão olha o timão e sabe que está no caminho certo, mas eu descrente, e sem fé que sou, não conjugo com ele minha segurança e me sinto assim sem norte e até mesmo sem timão... Minha rosa dos ventos brigou comigo, o cravo, saí ferido, e a rosa, despedaçada, a chorar a ausência de nosso amor, briga com a solidão, o relógio e ainda comigo... meu medo é que barco a vagar que sou, de tão distante um dia não reconheça mais a rosa, que um dia não me reconheça mais cravo, mas apenas barco, e não saiba mais amar a rosa, não saiba mais viver cravo, medo de um dia sermos dois estranhos, nem rosa, nem cravo, nem barco, nem relógio.

Efésios 5:1-2

Me enviaram na hora certa...

Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados, e andai em amor, como também cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Quem sabe um dia...


Percebo um novo horizonte, uma nova possibilidade, novas escolhas, uma nova chance de me entender, de me enquadrar, neste mundo, de ser util e de utilizar. Mas o medo de decepcionar, me reluta em tentar, pois ja decepcionei tantas vezes, ja perdi tantas chances, a maior parte delas por nem tentar.

Alienado

Tal qual o alienista, que de tao alienista maniaco ficou, percebeu em todos algo relacionado com seu mundo, pois fazer e entender relacoes era o seu mundo, tanto que o seu mundo ficou vazio diante de tantas paranoias, tantas realacoes, tantos diagnosticos, e tanta dor. Isolamento, percebeu seu mundo cair em prantos, realidade.
E so depois de muito andar, realmente entendeu, que quem alienado era era sua era, a raiz de seus problemas, sua cor, a cor verde, sua casa, a casa verde, seu destino, a solidao.

Critica e decepcao...

Quando me dizes que acho bonito ser o que digo ser...
traduzo em mim repudia de erros e desacertos, pois nao tenho orgulho de ser o que sou, e tao pouco do que digo que sou, pois o que sou na realidade... icognita de desafios e frustracoes, inquietude e incerteza, duvida, paranoia por metodos e manias...
realizo inquieto a vontade de me adaptar a este mundo de dor em que as abstracoes humanas superam minha capacidade de conter meu choro, pais as abstracoes que presencio, beiram a psicose, beiram o ebefrenico habito de alguem que conheci a algum tempo atras, quando interno, convivi com loucos e percebi que na realidade os loucos somos nos.

sábado, 12 de novembro de 2011

A vizinha


Por muito tempo meu consciente era amargo e cheio de razões, equações e certezas...
mas hoje diante de minhas certezas confronto dúvidas, e a té a existencia me parece questionável,
na imensidão de sofrimento por não me saber borboleta ou homem me entrego a dor de por muito viver no outro a alegria de viver, viver em busca do amor de estar ao lado de alguém que hei de fazer feliz,
todos os dias, o dia todo, incontrolável, apaixonado, vivente e errante, me desfaço em lamúrias pois sei que a felicidade sempre mora ao lado.

Linus...


Minha confusão poética me salva da angústia dos homens, da inquietude do egoísmo alheio,
Será inquieto o egoísmo dos homens ou será que me inquieto pelo egoísmo dos homens existir!?
Me condeno a um Orobórus que de boca cheia não consegue me dizer que ele também foi vítima de uma loucura qualquer, que o consumiu a viver em círculos, rodeado por tudo o que não entende, vivendo e revivendo a angústia de não entender o porquê de viver...
A culpa é sempre do outro, e as certezas e verdades também...
Mas me inquieto, pois sei que é no outro que reside também o amor, a paz de amar e se saber amado, e a luz que enxovalha e guia minha alma a vida que há de vir.

Para viver um grande amor...


A lágrima que corre em teu rosto afoga meu coração em pranto,
por me saber culpado de todo teu sofrer,
as paixões do mundo condenam-me a um inferno de dor e sofrimento em cada despedida,
em cada vão e desprezível momento de culpa por não me entregar por inteiro...
o medo que sinto é de que me conheças por inteiro, pois sei da minha incapacidade de amar,
de me deixar amar, e de viver um grande amor.

Volta...


Quando do fundo de meu egoísmo cobro de ti mais do que estou disposto a dar,
encardes de rubro vermelho vivo da paixão um vai...
me dizes que devo viver a orgia da noite,
o vil caminho dos homens de pouca fé muita paixão,
o gole de vinho de amantes de uma noite,
mas me agarras e me mantém vivo no amor que sentes por mim quando me dizes:
- Vai, mas não esquece que estou a te esperar. Volta...

Voltarei para ti...


Amo o fato de dizeres para mim que me esperas,
que quando eu estiver cansado dessa vida de amargura e dor,
paixões e decepções estarás a me esperar,
e continuarás a me amar da mesma forma que te amo,
sem responsabilidade,
pois há a certeza de que na verdade, nunca me deixaste ir.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Não sinta pena de mim...

... Só estou manipulado os fatos e as dores de minha alma ara tornar a vida um pouco mais suportável...

O relógio me bate...


Me bate as horas, e a fé me rói,
minhas costas cansadas, não aguentam mais o chicote de minhas obrigações,
de minhas escolhas e de meus erros.
Sinto vontade de pular a cerca da vontade, e mudar de time,
quem sabe apenas um amistoso ao lado do time vencedor,
mas não,
seria apenas lobo vestido de ovelha,
seria dor disfarçada de prazer,
seria um sádico fingindo dar prazer.



O relógio que me batia, agora nem sequer mostra a hora, parou pois não dei corda.

Não confio em ninguém...


O intervalo de confiança de minha vida,
compreende a inquietude de meus sentimentos,
o intervalo de vida de minha fé,
compreende o que não compreendo.
a certeza de meu afeto, detêm a paciência de minha causa.
e o flamejar de vida que existe em mim,
detêm a confiança que tenho em mim.
Egoísmo desvairado,
Idiota bem apresentável,
sinonímia de febre e calor,
luta e dor,
quero seguir em frente mas as marcas de minha vida não deixam somente uma má impressão,
deixam sofrimento, recorrência e dor.
Não confio em ninguém, pois não confio nem mesmo no vagar de meus passos,
nem mesmo no poder de meu julgo,
nem mesmo na ausência de minha parcialidade humana,
contaminada por minha vontade de deus.
O reflexo brutal de minha disfunção, é minha solidão,
sozinho que estou, vítima de mim mesmo, vítima de minha dor, de meus passos, do amor, pra bem dizer das paixões.
pra bem dizer dos amores que a vida me trouxe e tive medo de viver.

Alcool, água e óleo


Os muitos personagem que habitam minha mente, não sentem as consequências de seus atos,
não procuram viver a consequência de seus atos,
são frutos de uma imaginação, fértil, onde mais precisa, quem mais sabe,
me perco por entre atitudes frias e insalubres, por entre dor e sofrimento,
a alegria de um contamina o outro,
mas o sentimento que deveria viver, está mais para medida de um copo vazio,
ou para um como meio cheio...
derrama o óleo,
derrama o alcool,
derrama a água.
Destila minha alegria, envolve meu sofrimento, da a luz meu sentimento, pois quero sentir,
o que realmente, vive, e não o que há de convir.

O fim do dia...


Quero apenas dormir,
traçar o sentimento e isolar minha maldade ao que possa ser,
o potencial de meus atos prejudicam minha razão e tolhem minha criatividade mundana,
sinto o pouco que tenho de Deus, minha criatividade, esvair por entre meus dedos, por mais viscoso o fruto de seus milagres, tudo está a acabar, em cada dia, em cada hora, em cada vão momento que sigo vivendo, junto de mim,
quem sabe o dia de amanha realce, mais,
o que sinto de bom, o que acredito, o que espero de mim, o potencial que tanto creio,
quem sabe amanha veja o dia mais feliz,
pois seremos felizes,
serei feliz,
mais feliz,
bem feliz.

Vamos fugir...

para um lugar onde não possam nos ferir,
para um lugar onde o sol venha nos bronzear todos os dias,
a nossa pele,
o nosso astral,
a nossa vida inteira.
Vamos calçar os sapatos e abrir os braços para o que há de vir,
para o novo,
para todos os que são, que pensam que sao, e que realmente serão,
para os que vivem no passado presente e futuro,
para queles que não sao apenas museu,
mas são vida,
cinema e carochinha,
vamos deixar os peitos, livrem para aqueles que mamam,
não esperemos ouvir o choro de angustias de nossas crianças para entender que o leite que jorra de nossos corações hão de abençoa-los com o mais puro amor, com a amais fina teia de amor, que unirá nossas vidas para algo além,
de mim e de ti,
para além tudo que sabemos vida,
ara além do que sabemos mar,
terra e céu, para o que sabemos,
sentimos e viveremos.
Vamos fugir, eu, você,
mas não esquece de chamar quem mais quiser vir...
vamos fugir.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Adeus


O sol já nasceu e o dia, raiado, não me deixará mais dormir... a noite me beija a boca e diz: não se preocupe meu bem, novos carinhos te farei amanhã, novas angustias beberás em minha mesa e solidão, tua prostituta favorita te fará companhia novamente, apenas não esquece de voltar... ... ... ... ... "Adeus"

Barbosa...


Agua benta, de bento, benedito, mas não o Barbosa, sim ao Barbosa, que tem a barbarosa, ou seria ruiva aquelas mechas cor de fogo? Tão sujas quanto suas vestes, tão limpidas como suas intenções... venais, amarelas e fugazes, tingidas de ouro, como brilham, como ardem, como queimam, tal qual o fogo do inferno que rodeia sua mente, como nuvem de temestadde e relampago, dor, sofrimento, lágrima e echente, que alagou seus dias mais tristes, os dias em que ele não existiu, em que apenas representava, um papel de dor, ódio e paz, para todos de espírito, inclusive os porcos.

Esfinge

"!Decífra-me ou te devoro!"

A rosa e o beija flor...

Num dia diferente acordo cedo, incomodado pelos pingos de chuva que teimam em invadir minha mente e subjetivar meus pensamentos, causando tempestades ao invés de apenas embeber de alegria meu cotidiano. Enxáguo o rosto tentando me libertar do sono, e percebo junto ao orvalho um beija flor que ao seduzir uma rosa compactua com ela suas inquietações, e se diz beija flor, a rosa é só se diz rosa, e percebem então quem nem o beija flor será feliz, pois não estará a rosa a voar nem um dia, nem a rosa deixará de chorar, pois sempre o beija flor terá de dizer até logo pois sabe-se beija flor e que não deixa de bater suas asas...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Cargas da vida...


Digo que não aguento mais carregar o mundo nas costas...
alguém de olho largo e dizeres profundos me exclama...
tente mover o mundo...
me dá um ponto de apoio e a alavanca ideal.

sábado, 5 de novembro de 2011

Sinto em mim uma vontade louca,
desvairada,
e assustadora de seguir em frente...
mesmo sabendo que a curva existe...
mesmo sabendo que a chuva cai e derrapar talvez nem opcao seja...
mesmo sabendo que talvez o melhor seja tanger a loucura,
evitar a razao,
e acelerar sem razao,
fazer o pneu gritar, pois ja nao escuto como musica sua cancao ensurdecedora,
quero pisar
no coracao do carro
e deixar que ele se vingue de minha pouca modestia,
em acreditar que posso esticar o braco
e transformar o que parecia uma "tamburello",
em algo como a reta curva que existe na quadriculada de monaco.
triste de mim que sei que no final,
toda reta e' uma curva de raio infinito,
triste de mim que aprendi ser a historia do raio desculpa para tentar ouvir o trovao,
do infinito de meus pensamentos, sonhos, sutilezas e vontades,
desejos e pecados,
culpa e certezas, em saber, em ter certeza, que o melhor mesmo,
e' ficar aqui, a te esperar...
a beira do caminho...
curtindo a brisa, a garoa,
e o amor que sinto por ti.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Tristeza não tem fim... felicidade sim...

Tristeza não tem fim... se Vinícius e samba for...
Mas a felicidade é pra sempre se ao teu lado estou, mesmo que em pranto e por pranto... Felicidade sim.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A consulta...

... de minha vida, foi uma a pouquíssimo tempo.
Eu já perto do fim de minha carreira de anos dedicados aos cuidados de enfermos,
recebo em meu já notório consultório, localizado em um bairro nobre de minha cidade,
um paciente já com suas 80 primaveras ou quem sabe 90 invernos.
De face cansada, olhar sereno, como que já conhecidíssimo de todas as verdades do mundo e da alma humana,
entra em minha sala de exames logo após minha atendente informar que ele seria o último paciente do dia.
Ele entra caminhando devagar, como que tivesse todo tempo do mundo, eu em minha cadeira pacientemente espero e após um "bom dia" protocolar, pergunto a ele o que o aflige.
Ele sem delongas e sem cerimônias me rebate a pergunta com um: "a mim nada e ao senhor?".
Não entendo a pergunta e a ignoro, deixando-a passar como todas aquelas que poderiam atrapalhar o rumo da prosa que sempre leva a um emplastro, uma medicação de farmácia ou a recomendações diversas quanto aos hábitos de vida...
Então resolvo mudar o verbo e o pergunto : "o que o trás aqui senhor?", ele me responde de pronto: "minha vontade de me consultar, minhas pernas e o ônibus.", mais uma vez injuriado mas ainda paciente pergunto a ele por que motivo gostaria de se consultar comigo e ele me responde: "Para cobrar uma dívida, para pegar uma receita e para lhe dar os parabéns.".
Curioso e meio que assombrado pela necessidade de sempre saber todas as verdades o questiono primeiramente por que motivos eu merecia os parabéns e ele me responde: "Pelo seu dia, amanhã é seu dia e não consegui marcar consulta para amanhã!", recordo então que hoje é véspera do dia do médico, e como de praxe, costumo celebrar com meus colegas esse dia ao invés de abrir o consultório.
Bem agradeço então a lembrança e pergunto então o que mais o fez marcar a consulta, ele me responde: "...preciso também de uma receita, o remédio que tomo para minha artrite acabou e não consigo comprar mais com a receita velha que tenho...", pergunto a ele que remédio toma e o interrogo um pouco sobre sua patologia, ao fim, olho para ele e digo: "realmente o senhor é um artrite...", antes mesmo que terminasse a frase ele me olha e diz: "não doutor, eu sou o Ernesto, atrite é o que me faz mal, mas meu nome é Ernesto...", peço desculpas e não tento explicar o péssimo costume que nós médico temos de referenciar nossos pacientes por suas patologia. Bem mas seguindo a rotina, prescrevo o mesmo remédio que o senhor tomava, entrego sua receita e quando estou já me levantando para o acompanhar até a porta do consultório, ele se recusando a se levantar me pergunta do valor da consulta, eu digo a ele que isso ele trataria com minha secretária, ele me olha e diz: "mas me consultei com o senhor e não com ela...", digo a ele que realmente, mas que quem trata da parte financeira é ela, ele me responde que se não for a mim ele não quitará a consulta.
Então com muita paciência digo a ele o preço da consulta e recebo o valor em dinheiro de sua mão, que parece ser uma mão cansada e calejada, pergunto então já algo impaciente se há algo mais que ele gostaria de tratar...
ele me responde, agora só me falta cobrar a dívida que me tens... curioso que sou não me finjo de rogado e o  pergunto o que lhe devo, o senhor Ernesto sereno me responde que era uma conta antiga e não acreditava que eu lembrasse... eu que já estava a segurar a maçaneta da porta, retorno a junto do senhor Ernesto e pergunto a ele que dívida era essa... ele finalmente tirando os óculos me responde: "a de ser paciente..." e continua:
"Paciente em esperar por horas a porta do seu consultório para ser atendido, paciente por aguentar sua inquietude para que a consulta termine logo, paciente por me contentar com uma receita, paciente por esperar dias pela consulta marcada e paciente por ser paciente, pois sem mim você não teria razão pela qual trabalhar, pois quando tratas de doenças é na realidade a mim que estás tratando, e não as doenças que aprendeste em teus livros..."
"além do mais, paciente por ter de esperar mais de 50 anos, para me consultar com o moleque mais danado da rua, que tantas vezes roubou a paciência deste idoso paciente e paciente idoso com suas brincadeiras de bola, que teimavam quebrar minha janela, e pelos muitos sorvetes que paguei para o senhor e seus amigos de pelota..."
"paciente pois deixaste na rua em que moravas com teus pais, muitas saudades, e paciente pois o tempo não apagou da memória a saudade que sentia daquele garoto a quem contava minhas aventuras de quando mais moço e que sempre resmungava quando eu dizia que ele deveria ir para casa estudar se um dia realmente quisesse ser um médico famoso que tanto sonhava ser..."
"paciente pois aquele menino que foi para mim o mais próximo que tive de um neto, ou de um filho, nunca me deixou de verdade pois sempre o carregarei aqui no coração, da mesma forma: um moleque, frágil e inocente, que esperava curar todos os males  da humanidade sem que esta tivesse que dar nada em troca..."
Com os olhos mareados, encaro o senhor Ernesto, ou como o chamava, "seu Teto", com alguma vergonha e pergunto para ele o que deveria fazer para voltar a ser aquele menino tanto gostava de ser e que parece cada vez mais distante... e ele me responde que eu continuo a ser aquele mesmo menino, que apenas me esforço todos os dias para não deixar transparecer, atuando com máscaras e fantasias que escondem o que mais se deve ter quando se abraça a vida: amor.