sábado, 26 de fevereiro de 2011

Assedio a loucura...

Busquei na ciência uma maneira de entender a vida,
percebi com o tempo, que esta pretenção era nada mais que assediar a loucura.
Pois a vida só se entende de uma maneira: vivendo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pare o mundo que eu quero descer...


Minha atenção está em estado crítico,
minha labilidade oscila entre o não querer, e o não ser,
minhas forças se extinguem como um raio gama ao atravessar uma placa de chumbo,
ou a luz do sol que chega em 'nadir' no polo norte no solstício de inverno.
Sinto a o 'zênite' da insanidade se aproximando, e a incontrolável,
desvontade dentro de mim assumir as rédeas do cavalo do cão,
que por muito habitou o incendiário que vos escreve.
Revolta, ira e coragem.
São nada mais que vontade de como diz a expressão inglesa:
''Hit and run".
Mas como dizia o velho, e também babado, Chê:
"Nós não fugimos, batemos em retirada."
Acreditei em verso tal qual melodia por ele um dia cantada:
"Escolhes bem a profissão que exercerás, e não trabalharás um dia durante toda a tua vida."
Mentira, mentira, mentira.
Por não estar sempre certo, e assumir minha ignorância, confesso:
-Posso ter usado muita força, meus músculos e nervos de aço para dobrar a esquinha errada,
ou quem sabe tenha usado muita força, ou mal jeito na hora de entortar o asfalto,
passei da conta, e o que seria uma curva ''tamburelo'' acabou se tornando o 'S' do Senna.
Não quero mais desenhar pistas, não quero mais prever o futuro, nem tentar isso, quero apenas andar no meio do caminho, e ter liberdade para sentar a beira dele, e lá ficar a observar a paisagem,
quem sabe esperar o próximo ônibus,
pois do mundo me cansei, pedi parada e desci.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

''Viver não é preciso, navegar preciso, pois escrever é indecritível''...


Escrever me acalma a alma, pena que tenho de trabalhar,
bem passaria o dia, sem nada a fazer, apenas vendo o tempo passar, e escutando os pássaros,
os amigos, as confissões, angústias e lamúria, úmidas ou ríspidas, que furam como prego,
ou que evaporam como água de nuvem ao tocar a rio de lava, de vulcão, que escorre para o mar como fio de choro deságua na boca de uma menina tristonha...
suave, calmo, à praia, indômito, feroz, implacável, agressivo,
no oceano, ou mar, morto, como pedra, sem vida que viajou, do centro da terra, aos mais obscuros, e rarefeitos ares da atmosfera, para morrer no fundo do mar.
É quando melhor sinto a pequena morte de cada dia, a pequena morte literal a cultura hindu.
Gozo acidental de quem não pretendia chegar ao nirvana, mas apenas se deliciar com a dança dos dedos sobre um teclado, que canta, mas apenas produz a mesma nota, timbre, e ôco som de "tec, a cada compasso mal dado de um coração sofredor.
O grande poeta disse uma vez "navegar é preciso, viver não é preciso", bem sei que não preciso de nada disso, pois pouco importa a exatidão do viajar, ou a incerteza de nossa grande viagem, mas simplesmente, pratico plágio descarado, indolente, sarcastico, mas ao mesmo tempo "sem cera", ou sincero se preferir, 'viver não é preciso, navegar preciso, pois escrever é indescritível', use esta frase excluindo qualquer oração, e encontrarás verdade, mas deixe de orar, mesmo que ao Deus dos ateus do ''graças a Deus'', que vais ficar inconfortável, vazio, e como diz o ditado de minha terra: ''saco vazio não fica de pé''.

Uma dose no boteco Santo Antônio...


Visto bota de couro, chapeu de cauboi, e me esforço para andar na lei,
mas são tantas as leis,
segundo o código tenho de obedecer até mesmo aquelas que não conheço.
Ignorância não serve de atenuante a crime algum em meu mundo,
minha terra, meu país, minha casa, minha alma.
Sinto o quarto se fechando em meu peito,
apertando o último supiro de um coração bandido,
que não é assim por desejar, e sim por ter nascido torto,
sem jeito, "sugeito" com gê, como escrevi a quatro mil, setecentos e quarenta e cinco dias atrás,
em uma prova de português de meu professor de fundamental.
Tinha o nome de João, e era fiel a lei, dos homens, apenas dos homens, pois parecia não apreciar,
as carícias de uma cortesã, apenas por não apreciar as carícias de mulher alguma.
Mas era fiel, fiel a lei de que cada erro de ortografia valeria menos um décimo da nota final.
Infelizmente eram dez letras, em uma questão, de uma prova de dez questões.
Mas aprendi, ao acertar todas as classificações daqueles tipos de sujeitos tortos da avaliação,
que mais parecia uma enquete, que mesmo acertando, todas as respostas, escrevendo os "sujeitos", corretos, se não lembrar de colocar o 'título' de sujeito antes de cada nome próprio deles, se perdem como nomes, furados como o do cowboy que vos escreve, sem 'título' antes do nome,
sem sobrenome que se conheça, apenas com uma butina, um chapéu, agora coco,
e uma vontade infinita de mudar o mundo...
E que apenas passou neste boteco, para saudar ''o santo'', dar a dose, tomar a uma dose, e ir domir o sono dos sujeitos injustos, que tanto tentam fazer, e nada conseguem por que no fim das contas,
o sono bom é dos justos. 

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A vida tem dessas coisas...


De certo modo a vida nos dá muitas voltas,
e muitas voltas damos por ela a tentar sair da viela que angutia aquele que não sabe ainda,
se olhar para trás, todo beco deixa de ser sem saída.
Por simples história do jocoso, irônico e de pouca fé, relato que ouvi pela primeira vez algo que conceituava, e tentava definir um pouco de que seria o amor, mas não qualquer amor, amor 'ágape'.
Renato Russo, um dos demônios ou anjos de uma legião, de fãs príncipe de uma trupe que contagiou por muito o que seria chamado rock de brasília e posteriormente, daria razão a quem profetizava que era possível fazer um Rock com identidade legítima brasileira.
Ele dizia no princípio que ''Ainda que falasse a língua dos homens, que falasse a lingua dos anjos, sem amor, eu nada seria...'', pura verdade, fácil de crer, para se sentir amor ágape é impressindível entender que independente de tudo, de todas as felicidades que a vida nos proporcione, sem amor nada vale pena, tudo é sem sentido e sem razão, como um par de sapatos, feito para um homem que só tem um pé, sempre faltará algo a preencher naquele sapato.
De pronto achei que aquele cara era um poetero de primeira pois no auge dos meus treze anos achava que o que era pra se ouvir deveria ser cantado ou dito com rima, aí me informaram para contrangimento, inerente a qualquer pseudo-intelectual que acha que sabe algo de alguma coisa, que aquele carinha que me cantava ao ouvido, por um disco compacto em um diskman do ano de 1996, na época algo portátil e ultra moderno que visava substituir walkmans até então suprasumo do direito privado do "ouço o que eu quero e sozinho", egoísmo inerente a qualquer criança e paz social daquele adolescente, não era o autor daqueles versos e sim Camões. Fiquei frustrado, mas entendi que realmente alguém tão jovem e tão cheio de amargura não poderia ter entendido o significado do amor 'ágape'.
Então segui em frente e aceitei o fato do poeta de além mar ter realmente consegui a façanha e tomado para si tal patente. Mas para minha surpresa um belo dia ao citar tais linhas que continuavam a me descrever algo do tipo ''...é fogo que queima sem arder, ferida que dói e não se sente...'', é impressindível, o amor dói, não porque amar é necessariamente sofrimento, mas uma confusão de sentidos e paixões confunde muitas vezes o amor de afrodite com o amor 'ágape', afrodite, sensual e conquistadora, não precindia a posse, mas o poeta vai além da paixão, ''... é estar-se preso por vontade, é servir a quem vence o vencedor ...'', pois só chegaria a tal conclusão quem realmente entendesse o amor 'ágape', só alguém que realmente presencia-se, e vivesse o amor ágape poderia escrever tais linhas, que por muito parecidas são com a de Saulo, que escreveu a igreja em Corinto tentando elucidar e educar aquele povo. Então percebi que o real autor de tais letrar e versos, estava além de quem cantou, fez poema, escreveu ou falou, e sim esta por dissernimento em quem agia como tal, o primeiro e único filho da santíssima Maria, o Nazareno.



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Salmo 73

Estava eu a pedir, a orar a pedir, por melhor dizer, uma palavra de conforto. Por muito tempo, qunado criança costumava usar o livro sagrado dos critãos como um livro mágico, onde acreditava conter a respostas para todas as minhas duvidas, pueris, mas tão atuais, ainda hoje presentes no meu cotidiano vulgar e tão mundano.
Por bem dizer, acreditava que bastava abri-lo e uma mensagem assentaria aquela angustia que desde novo assolava minha alma e inquietava meu sono. Porque tanta dor? Não sou bom aos olhos de meu pai!? Não obedeço minha mãe!? Brigo com meus irmãos é bem verdade, mas naquele tempo, ainda conseguia contar nos dedos da mão direita as primaveras que havia completado. O que há de errado então!? Por que me passa a primavera, as flores perfumam meu dia e mesmo assim, gela-me o coração o frio do inverno que há de vir, e que habita, por todas as estações, os becos e cortiços dos menos favorecidos.
Angustia, medo, solidão, sentimentos. Algo tão visível aos olhos do homem que vê o outro com as lentes do coração e escuta com o espírito.
Que pecado cometi, para que quando criança, aos 7 anos, após assistir um dos filmes, na época, do já finado Bruce Lee, chorar por 3 noites após presenciar um pássaro, gaivota ou mergulhão, morrer sufocado em decorrência de uma mancha de óleo que da mesma forma assassinava uma praia e pescadores em algum lugar do mundo.
Triste, sempre tive os olhos tristes. Olheiras que denunciavam, noites mal dormidas e prantos mastigados e engolidos com um pouco do sal das lágrimas que não conseguia represar usando o rótulo machista que habita meu coração árido de sertanejo de herança.
Hoje, "me dei um luxo", me permiti voltar aos tempos da aurora da minha vida, e tendo aquele o mesmo livro às mãos, perguntei por que continuava a chorar se apenas tinhas motivos pra sorrir, e um número me vem a cabeça, como que soprado por uma das velas que se apagaram antes mesmo de sopra-las no meu nono aniversário. O número 73, se fixou em meu juízo torto e insano, tive de refletir: será uma página ou um capítulo? Algo me dizia que ambas as respostas eram vazias a este propósito. Procurei então no livro do meio daquela biblioteca, e vi que havia um capítulo, realmente um capítulo de número 73 existia alí, para minha surpresa alguém de nome de Asaf havia escrito uma canção, que muitos chamam de louvor, outros de salmo, onde tecia algo sobre a justiça divina e a cidade de Israel.
Relembrei o que me indagou uma vez aquele alguém, única, com quem para sempre estarei ligado, no céu e na terra, que me disse com todas as letras: "ninguém tem de sofrer pra ser feliz.". O que me deixou confuso, pois sempre acreditei que sacrifícios eram necessários para se obter paz, e por muitas vezes estes sacrificios demandam dor e sofrimento. Por fim compreendi que a mensagem não era só para mim, e a propago aqui, no lugar onde mais me entrego, em linhas sabendo que poucos vão ler. Procure-me quando precisar, hoje o número de minha casa é o 73.


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Os planos ficam para trás...

Pode parecer algo que denuncia, lhe fazendo pensar: "Essa coca é fanta...", especialmente pelo fato do autor já ter passado dos 26 invernos, ainda não estar casado, e não ter nenhum problema grave que o impeça de ter um relacionamento sério e duradouro. Bem, em minha defesa, já fui casado e estou muito seguro de minha masculinidade para assumir que estava eu a assistir "O diário de Bridget Jones", não se surpreenda é o primeiro e não a continuação, quando algo me deixou tentado a escrever estas linhas.
O que me engatilhou a digitar isso foi que me sinto em uma encruzilhada entre o que quero para mim, o que quero para minha vida, o que devo fazer com minha vida, o que me dá prazer, e com quem quero estar pelo resto de minha vida. Percebi então que o que realmente me ocorre é que tenho de viver.
O terror de ser feliz me atormenta, não pelo fato de ser feliz em si ma pelo conseguinte de que não teria mais pena de mim mesmo, por conclusão nem dos outros. Também sei que sofreria ainda mais pois seria aterrorizado pelo fato de ter algo a perder: "a felicidade". Estar contente em virtude das coisas e pessoas que me cercam me deixa inquieto, pois tudo se esvai com as areias da ampulheta da vida.
Sempre tive muitas coisas em minha vida as quais me apeguei, e ainda tenho mas mantive sempre uma distancia segura, de meus pais, meus irmãos, das pessoas que amava, das pessoas que amo.
O interessante é que por mais distancia que mantive de tudo, ainda assim a perda, foi perda, e como tal trouxe sofrimento. Ainda mais por não ter aproveitado a chance de viver aquilo que amava. Me sinto hoje como alguém que precisa aprender a andar, mas tem medo de cair e não conseguir mais levantar. O que mais me doi é que essa metáfora não soa como metáfora em minha mente, mas sim exatamente como é: "Tenho medo de viver.".
A consequencia é exata:"Tenho medo de viver pois tenho medo de amar." e posso ir além, algo que meu inconsciente faz sem que me deixe respirar ou enxugar a lágrima que corre do meu rosto: "Tenho medo de amar pois tenho medo de me deixar amar.".
Sobre as coisas que perdi, achei algumas delas, outras voltaram para mim, mas muitas não voltarão, e as demais ainda espero que voltem, pois tenho fé. Mas me deixa inquieto é o que dizem: "No fim tudo dá certo.". Me deixa louco o fato de que tenho de esperar o fim chegar para que tudo dê certo.
O que mais me angustia é que ainda assim terei medo, e sempre terei, de que a vida de certo, mesmo que no fim. Pois vejo a vida passando e os planos que fiz vão ficando para trás e não sei ao certo o que esperar de minha vida. Não sei ao certo o que esperar de uma vida onde os planos ficam para trás e os sonhos não são sonhados por medo de que estes se tornem realidade.