domingo, 20 de fevereiro de 2011

A vida tem dessas coisas...


De certo modo a vida nos dá muitas voltas,
e muitas voltas damos por ela a tentar sair da viela que angutia aquele que não sabe ainda,
se olhar para trás, todo beco deixa de ser sem saída.
Por simples história do jocoso, irônico e de pouca fé, relato que ouvi pela primeira vez algo que conceituava, e tentava definir um pouco de que seria o amor, mas não qualquer amor, amor 'ágape'.
Renato Russo, um dos demônios ou anjos de uma legião, de fãs príncipe de uma trupe que contagiou por muito o que seria chamado rock de brasília e posteriormente, daria razão a quem profetizava que era possível fazer um Rock com identidade legítima brasileira.
Ele dizia no princípio que ''Ainda que falasse a língua dos homens, que falasse a lingua dos anjos, sem amor, eu nada seria...'', pura verdade, fácil de crer, para se sentir amor ágape é impressindível entender que independente de tudo, de todas as felicidades que a vida nos proporcione, sem amor nada vale pena, tudo é sem sentido e sem razão, como um par de sapatos, feito para um homem que só tem um pé, sempre faltará algo a preencher naquele sapato.
De pronto achei que aquele cara era um poetero de primeira pois no auge dos meus treze anos achava que o que era pra se ouvir deveria ser cantado ou dito com rima, aí me informaram para contrangimento, inerente a qualquer pseudo-intelectual que acha que sabe algo de alguma coisa, que aquele carinha que me cantava ao ouvido, por um disco compacto em um diskman do ano de 1996, na época algo portátil e ultra moderno que visava substituir walkmans até então suprasumo do direito privado do "ouço o que eu quero e sozinho", egoísmo inerente a qualquer criança e paz social daquele adolescente, não era o autor daqueles versos e sim Camões. Fiquei frustrado, mas entendi que realmente alguém tão jovem e tão cheio de amargura não poderia ter entendido o significado do amor 'ágape'.
Então segui em frente e aceitei o fato do poeta de além mar ter realmente consegui a façanha e tomado para si tal patente. Mas para minha surpresa um belo dia ao citar tais linhas que continuavam a me descrever algo do tipo ''...é fogo que queima sem arder, ferida que dói e não se sente...'', é impressindível, o amor dói, não porque amar é necessariamente sofrimento, mas uma confusão de sentidos e paixões confunde muitas vezes o amor de afrodite com o amor 'ágape', afrodite, sensual e conquistadora, não precindia a posse, mas o poeta vai além da paixão, ''... é estar-se preso por vontade, é servir a quem vence o vencedor ...'', pois só chegaria a tal conclusão quem realmente entendesse o amor 'ágape', só alguém que realmente presencia-se, e vivesse o amor ágape poderia escrever tais linhas, que por muito parecidas são com a de Saulo, que escreveu a igreja em Corinto tentando elucidar e educar aquele povo. Então percebi que o real autor de tais letrar e versos, estava além de quem cantou, fez poema, escreveu ou falou, e sim esta por dissernimento em quem agia como tal, o primeiro e único filho da santíssima Maria, o Nazareno.