Estava eu a pedir, a orar a pedir, por melhor dizer, uma palavra de conforto. Por muito tempo, qunado criança costumava usar o livro sagrado dos critãos como um livro mágico, onde acreditava conter a respostas para todas as minhas duvidas, pueris, mas tão atuais, ainda hoje presentes no meu cotidiano vulgar e tão mundano.
Por bem dizer, acreditava que bastava abri-lo e uma mensagem assentaria aquela angustia que desde novo assolava minha alma e inquietava meu sono. Porque tanta dor? Não sou bom aos olhos de meu pai!? Não obedeço minha mãe!? Brigo com meus irmãos é bem verdade, mas naquele tempo, ainda conseguia contar nos dedos da mão direita as primaveras que havia completado. O que há de errado então!? Por que me passa a primavera, as flores perfumam meu dia e mesmo assim, gela-me o coração o frio do inverno que há de vir, e que habita, por todas as estações, os becos e cortiços dos menos favorecidos.
Angustia, medo, solidão, sentimentos. Algo tão visível aos olhos do homem que vê o outro com as lentes do coração e escuta com o espírito.
Que pecado cometi, para que quando criança, aos 7 anos, após assistir um dos filmes, na época, do já finado Bruce Lee, chorar por 3 noites após presenciar um pássaro, gaivota ou mergulhão, morrer sufocado em decorrência de uma mancha de óleo que da mesma forma assassinava uma praia e pescadores em algum lugar do mundo.
Triste, sempre tive os olhos tristes. Olheiras que denunciavam, noites mal dormidas e prantos mastigados e engolidos com um pouco do sal das lágrimas que não conseguia represar usando o rótulo machista que habita meu coração árido de sertanejo de herança.
Hoje, "me dei um luxo", me permiti voltar aos tempos da aurora da minha vida, e tendo aquele o mesmo livro às mãos, perguntei por que continuava a chorar se apenas tinhas motivos pra sorrir, e um número me vem a cabeça, como que soprado por uma das velas que se apagaram antes mesmo de sopra-las no meu nono aniversário. O número 73, se fixou em meu juízo torto e insano, tive de refletir: será uma página ou um capítulo? Algo me dizia que ambas as respostas eram vazias a este propósito. Procurei então no livro do meio daquela biblioteca, e vi que havia um capítulo, realmente um capítulo de número 73 existia alí, para minha surpresa alguém de nome de Asaf havia escrito uma canção, que muitos chamam de louvor, outros de salmo, onde tecia algo sobre a justiça divina e a cidade de Israel.
Relembrei o que me indagou uma vez aquele alguém, única, com quem para sempre estarei ligado, no céu e na terra, que me disse com todas as letras: "ninguém tem de sofrer pra ser feliz.". O que me deixou confuso, pois sempre acreditei que sacrifícios eram necessários para se obter paz, e por muitas vezes estes sacrificios demandam dor e sofrimento. Por fim compreendi que a mensagem não era só para mim, e a propago aqui, no lugar onde mais me entrego, em linhas sabendo que poucos vão ler. Procure-me quando precisar, hoje o número de minha casa é o 73.
Por bem dizer, acreditava que bastava abri-lo e uma mensagem assentaria aquela angustia que desde novo assolava minha alma e inquietava meu sono. Porque tanta dor? Não sou bom aos olhos de meu pai!? Não obedeço minha mãe!? Brigo com meus irmãos é bem verdade, mas naquele tempo, ainda conseguia contar nos dedos da mão direita as primaveras que havia completado. O que há de errado então!? Por que me passa a primavera, as flores perfumam meu dia e mesmo assim, gela-me o coração o frio do inverno que há de vir, e que habita, por todas as estações, os becos e cortiços dos menos favorecidos.
Angustia, medo, solidão, sentimentos. Algo tão visível aos olhos do homem que vê o outro com as lentes do coração e escuta com o espírito.
Que pecado cometi, para que quando criança, aos 7 anos, após assistir um dos filmes, na época, do já finado Bruce Lee, chorar por 3 noites após presenciar um pássaro, gaivota ou mergulhão, morrer sufocado em decorrência de uma mancha de óleo que da mesma forma assassinava uma praia e pescadores em algum lugar do mundo.
Triste, sempre tive os olhos tristes. Olheiras que denunciavam, noites mal dormidas e prantos mastigados e engolidos com um pouco do sal das lágrimas que não conseguia represar usando o rótulo machista que habita meu coração árido de sertanejo de herança.
Hoje, "me dei um luxo", me permiti voltar aos tempos da aurora da minha vida, e tendo aquele o mesmo livro às mãos, perguntei por que continuava a chorar se apenas tinhas motivos pra sorrir, e um número me vem a cabeça, como que soprado por uma das velas que se apagaram antes mesmo de sopra-las no meu nono aniversário. O número 73, se fixou em meu juízo torto e insano, tive de refletir: será uma página ou um capítulo? Algo me dizia que ambas as respostas eram vazias a este propósito. Procurei então no livro do meio daquela biblioteca, e vi que havia um capítulo, realmente um capítulo de número 73 existia alí, para minha surpresa alguém de nome de Asaf havia escrito uma canção, que muitos chamam de louvor, outros de salmo, onde tecia algo sobre a justiça divina e a cidade de Israel.
Relembrei o que me indagou uma vez aquele alguém, única, com quem para sempre estarei ligado, no céu e na terra, que me disse com todas as letras: "ninguém tem de sofrer pra ser feliz.". O que me deixou confuso, pois sempre acreditei que sacrifícios eram necessários para se obter paz, e por muitas vezes estes sacrificios demandam dor e sofrimento. Por fim compreendi que a mensagem não era só para mim, e a propago aqui, no lugar onde mais me entrego, em linhas sabendo que poucos vão ler. Procure-me quando precisar, hoje o número de minha casa é o 73.