quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Trem das sete...


Sou como gato, arrepio,
vadio, no cio como cavalo arredio que do amor so sabe que depois da queda vem o coice...
mas no amor a falta...

sinto como gato que sou,
como o negro gato de Roberto,
que meu medo e no fim, virar tamborim de negro ou mulato que toca sem ritmo sem cor e amor,
que nao conhece o carinho de Matilde ou de Carminha,
que nao sabe dos arcos da lapa a boemia, ou dos canais de veneza os carnavais,
que nao sabe o que sentir quando o coracao bate mais forte
que nao vive na noite
como eu negro gato de bohemia, escura e doce, de cigarros sem filtro, de whisky e sabor,
de juventude na alma e como os poetas de antes, dos arcos da lapa,
dos guetos de ghandi
e da vida que vai e que fica esperando a partida do ultimo trem das onze...