segunda-feira, 3 de outubro de 2011

... e penso na dor de viver


... e penso na dor de viver
viver vivendo, ao seu lado, ou apenas na ilusão de ao seu lado ainda estar,
na pureza  de meu sentimento e na doce amargura de teu desejo em estar comigo.

Me levanto em uma noite de lua,
a cama não aparece mais tão macia quanto as carícias que me fazes,
e a lua que banha minha consciencia soturna, bohêmia e laciva com o desejo de estar em teus braços,
não mais adoça minha ternura, meu sentimento,
me levanto e  afogo minhas angústia na máquina de escrever, para tentar esquecer um pouco das letras que torturam minha  mente , ante sentimentos de chuva, frio, e solidão.

meus sonhos confundem minhas ideias, num turbilhão de quadrantes, teoremas e algo de kafka confunde minha noção de realidade, não sei mais ao certo se sou borboleta, bem-te-vi, ou apenas homem que sonha, que tem ilusões, ou que tem esperança... vontade... sentimento... dor...

apenas espero, o dia nascer para não mais sentir a anguústia da solidão de uma noite sem lua, de não depender mais da companhia apenas do som das teclas zurumbáticas que acariciam as pontas de meus dedos, espero a doçura do sol, para despertar meus lábios que teimam em beijar o rosto do novo dia e do dia novo, mesmo sabendo da dor que está presente em cada despedida, em cada adeus, em cada "carpe diem", em cada vida que levo em cada dia, como o último dia, e como que cada dia fosse o último, contente apenas por saber que a previsão leviana e despreteniosa há de se tornar legítima um dia, e por um dia apenas...