segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sono

Meu estômago está cheio,
minhas pálpebras pesadas,
meu corpo cançado,
mas resisto, pois na escuridão de meus sonhos
me esperam fantasmas aterrorizantes e o sombrio de meu
sono os alimenta.
Meus olhos ardem e luto contra o desgate de minhas forças,
minha vontade aos poucos vai se desfazendo em uma cortina
de névoa e surrealidade,
me entrego.
Para minha surpresa, desperto em um campo verdejante,
o céu azul a sombra de uma bela arvore,
alguém sussurra em meu ouvido:
-repousa que teu sono vigio, aquiesce tua alma e descança teus lamentos.
Então fecho meus olhos e me entrego ao mais profundo torpe,
de não ser absolutamente nada e de ser parte de tudo, sinto uma paz indescritível,
e arremessado pelo despertador sou trazido de volta ao mundo dos despertos.