domingo, 12 de outubro de 2025

Soneto do Perdao...

Ciente da dor que causei, meu amor,

Meu coração clama por teu perdão.

Em cada lágrima que agora rola,

Vê o arrependimento que me inunda,

A angústia que me consome e me controla.

Sei que palavras são leves como brisa,

Diante da mágoa que em ti reside.

Mas juro, com a alma nua e desprovida

De orgulho, que meu erro foi falha atroz,

Um desvio do amor que sempre me guia.

Perdoa-me, meu bem, por te ferir assim,

Por manchar a pureza do nosso altar.

Pois cada dia longe de ti é um fim,

Uma escuridão que insiste em me cercar,

Um vazio que nada consegue preencher.

E neste instante de dor e de verdade,

Renovo a jura que um dia te fiz.

Meu amor por ti é eterna lealdade,

Uma chama que nunca terá sua raiz

Arrancada, jamais, pelo tempo cruel.

Que sejas o ar que eu respiro, a luz,

O sol que aquece, o porto onde aporto.

Por toda a vida, serei teu, e que a cruz

Que carregamos se torne um novo conforto,

No eterno abraço de nossos corações.

Aceita, por favor, este meu clamor,

Esta súplica sincera e sem disfarce.

Em cada batida, juro eterno amor,

Que nada neste mundo nos separe,

Que sejamos um, até o fim, e além.