Escrever me acalma a alma, que da pena da pena de tanto a trabalhar,
bem passaria o dia, sem nada a fazer, apenas vendo o tempo passar, e escutando os pássaros,
os amigos, as confissões, angústias e lamúria, úmidas ou ríspidas, que furam como prego,
ou que evaporam como água de nuvem ao tocar a rio de lava, de vulcão, que escorre para o mar como fio de choro deságua na boca de uma menina tristonha...
suave, calmo, à praia, indômito, feroz, implacável, agressivo,
no oceano, ou mar, morto, como pedra, sem vida que viajou, do centro da terra, aos mais obscuros, e rarefeitos ares da atmosfera, para morrer no fundo do mar.
É quando melhor sinto a pequena morte de cada dia, talvez ate pequena morte literal da cultura hindu.
Gozo acidental de quem não pretendia chegar ao nirvana, mas apenas se deliciar com a dança dos dedos sobre as teclas, que cantam, mas apenas produzem a mesma nota, timbre, e ôco som de "tec", a cada compasso mal dado de um coração sofredor.
O grande poeta disse uma vez "navegar é preciso, viver não é preciso", bem sei que não preciso de nada disso, pois pouco importa a exatidão do viajar, ou a incerteza de nossa grande viagem, mas simplesmente, pratico plágio descarado, indolente, sarcástico, mas ao mesmo tempo "sem cera", ou sincero se preferir, 'viver não é preciso, navegar preciso, pois escrever é indescritível'.
...e o q é preciso percebe-se em fim... ou ao fim... no final... o q preciso fosse... o que preciso é... é tocar em frente... sem medo... solavante... e mesmo que sob o sol... avante...
reto...
firme...
intrepido...
vai!
vai!
vai!
vai meu povo cantando... e sigo junto "...tocando em frente".