sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A prova...

Viver não é exato como uma questão de álgebra...
onde se pode encontrar a solução
no inicío...
no meio...
ou no fim.

A vida é como uma prova de matemática...
na qual existem problemas
no começo...
no meio...
e ao fim.

... estando bem feita a lição de casa...

é um passeio no parque... onde pode se deleitar os tinpanos e os sentidos com o canto dos pássaros que invadem
a sala...
o papel...
e o lápis,

que em punho... tal qual espada... traceja as respostas do cerne o que é viver.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Eu quero...

Quero aterrorizar seu corracao...
vandalizar seus sentimentos...
e invadir seu corpo com violencia... com paixao...
          estuprando suas vaidades...

lhe privando de identidade...
ate que voce nao seja voce

e eu...
                        nao seja mais eu.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A janela...

No caminho da roça,
passo em frente ao teu portão...
em frente a tua janela.

Procuro tua silhueta...
procuro a tua janela...
dentre tantas janelas iguais aquela.

Mas o espelho me confunde.

O espelho que desenha em horizonte a bela paisagem, que em outrora, foi testemunha e pano de fundo de nossa paixão.

E penso nela...

Mas em que janela?

Pouco importa... de todas as janelas quero a da tua alma... a dos olhos dela.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A cartilha...

A vida é bem mais que a cartilha capital. Em tempo capturados a cartilha.

em tempo não quero capturar a cartilha... apenas viver o tempo e entretempos que essa cartilha nos tem a oferecer.

Carrilha que brilha. Na trilha, empilha...

espaço e entrespaços reluzem...
tal qual estrelela... que nao esta la.

Na estrela calma, o lume que desarma, desalma. Olhos ao tempo, corações ao vento. Sim, tento. É até me rei vento. De forma insana, tento ler, insano e me entrego ao sono...

Armando Coelho Neto e Antonio Moraes Filho

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Em torno...

O vento bate...
o violeiro toca...
um dedo de prosa...

a lua nascendo...
crescente... indescente...
clareando nossa silhueta...
desenhando nosso amor na areia.

As ondas do mar molham...
nossas pernas em torno...
e o prazer entorno de nós.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Na hora marcada...


Não carrego comigo a angústia de imaginar se o dia será hoje ou amanha...

a hora, se será a próxima ou a seguinte...

se aquela que não se atrasa, me deixará terminar mais um cigarro.



e se por ventura, ou desventura, o dia for hoje, a hora for esta e este for um poema de adeus...

irei em paz,

sou contente pois tenho fé...
feliz por ter poucos arrependimentos...
e livre por que vivo de amor.

domingo, 9 de agosto de 2015

... não tenho pressa.

... mais um cigarro... o terceiro seguido...

mais prego no caixão... um suicidio calculado... o pigarro... as manchas de nicotina entre os dedos...

uma morte lenta a cada trago... a cada guimbada... e a cada faisca do esqueiro... a cada sopro de fumaça  que enevoa o brilho da luz do poste que teima invadir a escuridao de meu quarto... dos meus pensamentos...

uma morte lenta...

ainda bem...

não tenho pressa.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Animais e crianças...

Certa vez.... escutei de um homem...
não tão sábio... por ter sua alma...
rasgada por tantas mágoas...
por tantas lembranças... por tanta dor...

Não se deve confiar em pessoas que não gostem nem crianças nem de animais.

Por certo... uma verdade... inexorável... e sábia.

sábado, 11 de abril de 2015

Cinco minutos...

... antes do café....
dois 5 minutos depois...
antes do almoço...
três 5 minutos depois.

5 minutos antes do jantar...
3 ou 4 cinco munutos depois.

2 cinco minutos antes de dormir.

e mais alguns 5 minutos nos intervalos.

os cinco minutos guardados...
                                                 ...
                                          ...
                                   ...
                            ...
                     ...
                            ...  dentro de cada cigarro.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Faço minhas tuas palavras...

Mais um impresso...


Na revista artigo 5o, bem acompanhado na mesma página de um Paulo Magno. Poema fruto de uma parceria com o Manduca...


 




segunda-feira, 30 de março de 2015

"... então... Confirmado! Encontro-lhe às três...


"...preciso comprar outro relogio... neste meu, as horas passam muito devagar..."

domingo, 29 de março de 2015

Saiba...

... que hum dia soube...
que seriamos...
além de tu e eu...

nós...

quando todos os eles... vós... elas.. e eles...

diante de meus olhos, em vislumbre e revelação, um defeito inaceitável se fazia presente.

nenhum desses pronomes era você!

sábado, 28 de março de 2015

Eu que por tanto... (após ajustes editoriais)

Eu que por tanto...

Derramei meu pranto, em lágrimas...
sobre a máquina de escrever,

acompanhado do pio das corujas...
da solidão do sobrado, e da amargura do café,
do conhaque,
do uísque, do cigarro e da angústia, que assombra todo homem,
e que como os olhos da dama da noite, que na verdade era só ébrio desfocar da vista pelo brotar de lágrimas, do medo.

Medo. De encarar o por que de ser só...
de viver a fúnebre angustia de uma neurose sem fim...

...e assombrado por demônios...

Medo da morte,
da solidão,
e do pior que ser só...
(Do se sentir só por uma vida toda.)

A máquina agora empoeirada, espera,
em repouso, ocupada demais, sozinha, criando novos demônios e medos... que me martirizarão em uma outra noite... mas não esta... pois a noite parece dia... e é carnaval em minha vida.


Antonio Moraes Filho e Armando Coelho Neto (Edição)

... tanto quanto qualquer...

... cantaro-lo pelas ruas...
viadutos... pracas e pontes...
tal qual sabiá em pleno verão.

das angustia que sinto...
nem mesmo Deus tem a menor noção.
Herege... pecador... "mea culpa" que sou... em neurose plena:

classifico-me em segredo... santo... a parte... separado... mais do que "gauche"... tão infeliz quanto qualquer Pessoa...

... quanto qualquer fingidor...

... quanto qualquer poeta.

terça-feira, 24 de março de 2015

Me perguntaram por que não mais escrevo...

Eu que por tanto...

Derramei meu pranto, em lágrimas...

sobre a máquia de escrever,
acompanhado do pio das corujas..
da solidão do sobrado, e da amargura do café,

do conhaque, da uísque, do cigarro e da angústia, que assombra todo homem,

e que como os olhos da dama da noite, que na verdade era só ébrio desfocar da vista pelo brotar da lágrimas, do medo.



de encarar o por que de ser só...
de viver a fúnebre angustia de uma neurose sem fim...

e assombrado por demônios...

a morte,
da solidão,

e do pior que ser só...

                                  se sentir só por uma vida toda.

A máquina agora empoeirada, espera,
em repouso, ocupada demais, sozinha, criando novos demônios e medos... que me martirização em uma outra noite... mas não esta... pois a noite parece dia... e é carnaval em minha vida.