sexta-feira, 22 de abril de 2011

O menino...

Ha um menino, ha um moleque no meu coracao.


Toda vez que o adulto estremece, o menino me da a mao... -

CADE O RAIO DESSE MENINO? -





Me lembro de te-lo visto ha alguns anos, a porteira.

Por outro momento a jogar uma pelada com os amigos em uma rua elamacada, resultado de uma sexta chuvosa com muitos trovoes. De repente levou um carrinho e fraturou a fibula em dois lugares, levado ao hospital. Sera que ainda esta la? Bola voltara a jogar?

Bem, isso nao lembro, mas sei que do hospital ele saiu.

Se bem me lembro a ultima vez que vi esse menino, estava indo a sao paulo, trabalhar, ha trabalhar, tantos perdem a inocencia, neste exato momento, quando partem rumo a terra de responsabilidades, emprego, trabalho, contas, carro, casa, iptu, filhos, esposa...



E o que chamam de vida adulta, ingenuidade jogada no lixo em troca da ossibilidade de ter algo seja conforto ou o que alguns chamam de vida.




O menino estremeceu de medo de tanto, mas no entanto nao se acorvadou, fugiu do coracao e pegou carona no sangue que flui em meu corpo na tentativa de trazer um pouco de ingenuidade a todo meu corpo tao carente de vida pueril. Ha menino, chegaste a meus pulmoes e agora respiro melhor, inspiro a poluicao da vida adulta e expiro a leveza do ar de crianca, todos percebem a diferenca.



Agora sim, ainda nao sei bem onde foi parar o raio do menino, nao sei se foi dar choque em outra freguesia, mas o menino esta aqui e todos os dias ele fala por mim.
 
 
Antonio Moraes Filho e Armando R. Coelho Neto (Tio Manduca)