Me disse uma amiga às 4 da matina do dia de hoje. Quem me conhece, hábitos e gostos,
poderia pensar que estávamos prontos a consumar algo que transformaria uma amizade em
digamos uma amizade especial, segundo a velha guarda: colorida.
Porém nada disso é verdade, um elogio que foi de difícil entendimento para uma pessoa tão pouco letrada
nas gírias ou denominações de hoje em dia, se não fosse acompanhado de algo do tipo: você é charmoso,
chama a atenção onde passa, tem lábia, pelo menos foi o que pude entender do tanto de explicações que me dera.
Ha, amiga, triste de mim que tenho que escutar de ti isso, triste de mim que tenho de escutar de pessoas que não dominam meu coração algo que como louros em forma de doces palavras.
Me deste mais do que isto hoje, quando ia domir cedo, me destes força para me manter de pé, de rir, mesmo que amarelo pela falta de costume de rir, algo que se perdeu por um amor que não mais correspondido é.
Um dia tive uma peixinha para colocar no mar mas a coloquei dentro de um aquário, por medo de que ela não fosse forte o suficiente para enfrentar as ondas. Hoje tenho um mar para que nele ela nade e esta mesma peixinha, assustada com as correntezas dos rios e tempestades que a trouxeram de volta pra junto de mim, não quer mais se aventurar ao meu lado.
Esquece que no amor não importa o quanto amemos um ao outro, algo sempre pode dar errado. Hoje ela prefere a segurança da infelicidade do que a incerteza de que é ser feliz ao lado quem se ama.
Não a culpo, pois sei onde errei, mas o mais importante eu tenho: amor, e por esse amor, todos os dias morro um pouco mais de tristeza e solidão, pois a unica companhia capaz de aquietar esta angústia que sinto é a tua presença.
Mas minha esperança se renova em pequenos deslizes que tens, pois te questionei: - Um dia poderemos ser novamente? - Disseste que sim.