eu estava em paz,
estavamos em paz.
Nossos filhos crescendo,
já grandes o suficiente para entender:
que nós precisávamos trabalhar.
E que a distância era apenas passageira.
Me lembro pouco do contex-
to, mas morávamos em Recife e estava em minha moto indo
em direção a Garanhuns, em direção a mesa de meus pais.
Em paz, pois deixava
em Recife, você,
meu amor, meus filhos,
minha casa, minha paz,
meu bem-estar.
Mas por algum motivo
tinha de ir, pois me esperavam
e o almoço não podia esfriar.
Me espera, me deixa voltar,
me deixa provar que este sonho pode
se tornar realidade,
pois deixar de realizar, seria viver na mentira
e pra mim a verdade é você, só você.