Não durmo a pensar no último dia...
Sera ele, meu ou dele,
O derradeiro presente.
Que vem... me entrega... e diz...
Com a pele de embrulho...
Com textura de presente sem futuro.
Além de tudo aquilo... que nem sequer
... um dia foi.
Não durmo a pensar no último dia...
Sera ele, meu ou dele,
O derradeiro presente.
Que vem... me entrega... e diz...
Com a pele de embrulho...
Com textura de presente sem futuro.
Além de tudo aquilo... que nem sequer
... um dia foi.
Você é açucena...
Flor do meu sertão.
Flor de larangeira...
Seu sabor tem toque azedo
Tal qual lima e de limão.
Você é arredia...
Mula manca...
Teimosa como jumenta...
Um crime qualquer...
Uma pena sem perdão...
Um destino que não une irmãos.
Separa por randor e no meio...
Tanta dor... em em tanta dor...
Me diz...
Fingindo descaso
Lubrificando com trago
Um eu te amo...
Sem sorriso... sem carinho... sem brilho...
e no olhar...
Um Adeus... sem remorso algum.
Você me pediu
e eu deixei voce ir...
Você não crê na verdade que existe em mim...
Destrói com desconfiança o que há de bom...
E sufoca minha vontade de ser...
De ser seu
De ser algo além do primeiro...
De ser o que sempre quis ser...
O último.
Seu pessimismo esquarteijou a nossa vontade que tinhamos de ser felizes juntos...
E seu orgulho afogará a sua capacidade de um dia voltar atrás... de voltar pra mim... de voltar para o que um dia fomos...
E restará em ti... alguém amargo...
Com o mesmo medo de ser feliz... com o mesmo medo de se entregar... mas de alma com gosto de féu...
... e com um coração preenchido apenas de
Solidão...
Rancor...
Saudade.
Se me procurar... não te negarei o nem carinho nem afeto...
Nem o canto do meu peito que foi e sempre será teu... mas não me peça pra acreditar em ti mais uma vez...
Me roubaste a fé.